PITTER LUCENA

Jornalista acreano radicado em Brasília

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quarta-feira, outubro 29, 2008

O QUE A NORUEGA QUER NO ACRE?

Nilder Costa

(Alerta em Rede) – Se alguém ainda acredita que países ricos contribuiriam para o Fundo Amazônia, lançado em agosto passado com pompa e circunstância pelo presidente Lula, sem ingerência em sua aplicação ou contrapartidas, recomenda-se que leia com atenção a matéria veiculada pela Reuters informando que a Noruega prometeu, publicamente, defender os direitos dos povos indígenas como parte de seu investimento de quase 500 milhões de dólares anuais em países tropicais para conter o desmatamento e o aquecimento global. Recorde-se que o governo da Noruega foi o primeiro a aderir ao Fundo Amazônia, ‘pingando’ nada menos que US$ 100 milhões.

Segundo a Reuters, grupos em defesa dos direitos humanos de Oslo, que lideram as “doações” à preservação de florestas, queriam estabelecer pré-condições fixas para que os governos respeitem os direitos dos povos indígenas da Amazônia e da bacia do Congo. A exigência foi rejeitada pelo ministro norueguês do Meio Ambiente, Erik Solheim, que, diplomaticamente, substituiu-a pelo compromisso de “fazer o que pudermos para influenciar os governos a garantir os direitos dos povos indígenas”.

Com freqüência, tal influência se tem dado à socapa, como ocorreu semana passada no Acre quando a Rainforest Foundation da Noruega – mantida em grande parte pelo governo deste país – ajudou a realizar um grande encontro entre ONGs indígenas do Brasil e Peru para o “fortalecimento institucional” almejadas pelos povos indígenas e populações tradicionais, além de discutir os grandes projetos e os processos transfronteiriços, em curso e planejados, no Vale do Juruá.

Além de exigir dos governos brasileiro e peruano a demarcação de reservas indígenas do Acre e Ucayali, as ONGs se posicionaram radicalmente contrárias à construção de obras viárias, prospecção de petróleo e exploração minerária em reservas – indígenas ou ambientais – existentes ou planejadas na região.

Reclamam também de “futuros impactos” com o início das atividades de prospecção e exploração de petróleo e gás nos Lotes 126 e 110 (este sob concessão à Petrobras Energia Peru), assim como com os Lotes 111 e 113, sob concessão à empresa chinesa SAPET Development Perú Inc., que estariam sobrepostos à Reserva Territorial de Madre de Dios. Diz o documento:

Mais de 1,8 milhão de hectares loteados para a exploração de petróleo e gás, parte deles em águas binacionais, constitui hoje, portanto, grave ameaça a unidades de conservação, reservas territoriais e territórios indígenas situados nos dois lados da fronteira Brasil-Peru e em suas adjacências, e às formas de vida dos povos indígenas e das populações que neles habitam.

À luz da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, aprovada em setembro de 2007 pela Assembléia Geral da ONU, que prega abertamente pela autodeterminação desses povos, é no mínimo preocupante que o governo da Noruega esteja patrocinando encontros para o “fortalecimento institucional” de ONGs etnonacionalistas em sensíveis e fragilizadas áreas de fronteira como a do Acre.

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terça-feira, outubro 28, 2008

POÉTICA

Vinicius de Moraes

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

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quarta-feira, outubro 22, 2008

CAZUMBÁ OFICIALIZADO

Após ratificação pela Casa Civil em agosto passado, o Plano de Manejo da Reserva Extrativista (Resex) Cazumbá-Iracema, localizada no estado do Acre, começa a ser colocado em prática. O documento, produzido com participação dos moradores da reserva, estabelece a regulamentação e o zoneamento da Resex, além de instituir programas de desenvolvimento social, econômico e ambiental e de estabelecer um conjunto de normas comunitárias (Plano de Uso).

Das mais de 50 reservas extrativistas existentes no Brasil, apenas a Resex Chico Mendes, também no Acre, tinha o documento elaborado e ratificado pelo Governo Federal. Para Juan Negret, biólogo do WWF-Brasil e membro do Conselho Deliberativo da Resex Cazumbá-Iracema, o plano de manejo é um documento essencial para que a unidade de conservação seja de fato implementada.

“De acordo com a legislação ambiental em vigor no país, todas as reservas extrativistas devem ter planos de manejo elaborados e aprovados em até cinco anos após a decretação da unidade de conservação. Mas, na prática, isso não tem acontecido, e o processo de construção dos planos, via de regra, tem sido lento e burocrático”, avalia Juan Negret.

O documento foi construído com a participação de vários setores da sociedade local, especialmente os moradores da reserva. O Conselho Deliberativo da Resex, composto por moradores e lideranças locais, representantes de ONGs, órgãos federais e estaduais que trabalham com temáticas ambientais na região, aprovou o plano no dia 11 de março e aguardava a ratificação e a publicação no DOU por parte do Governo Federal, por intermédio da Casa Civil.

O líder comunitário Aldeci Cerqueira, o Nenzinho, destaca o caráter participativo na elaboração do documento. “A comunidade participou da elaboração do plano em vários momentos: no zoneamento, na elaboração dos programas de desenvolvimento e, principalmente, na construção do Plano de Utilização”, salientou Nenzinho.

Segundo o chefe da Resex e funcionário do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Arlindo Gomes Filho, o modelo tem o potencial de ser replicado em outras áreas. “A boa experiência da Cazumbá-Iracema poderá estimular positivamente outros processos de implementação em reservas extrativistas e outras unidades de conservação de uso sustentável”, afirmou.

A aprovação do plano marca o inicio de uma fase trabalhosa de implementação das ações previstas, ou seja, de colocar o conteúdo do documento em prática. Um plano de manejo deve ser permanentemente revisado, não se tratando de um documento estático e definitivo. Espera-se que nos próximos anos se aperfeiçoem os programas, as regras e os demais componentes a partir do aprendizado do dia-a-dia.

Os próximos passos estão sendo dados pelo Conselho Deliberativo da Resex, que convoca moradores, organizações parceiras e demais setores da população local a trabalhar na implementação da unidade de conservação.

Localizada no Acre, com uma área de 750 mil hectares nos municípios de Sena Madureira e Manuel Urbano, a Resex Cazumbá-Iracema abriga cerca de 270 famílias (aproximadamente 1,3 mil habitantes), que vivem do extrativismo de castanha-do-Brasil, pesca, artesanato de borracha e sementes, agricultura e pecuária de subsistência.

Fonte: Envolverde/WWF-Brasil

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terça-feira, outubro 21, 2008

CASABLANCA

Durante a Segunda Guerra Mundial, o americano Rick Blaine dirige o Café mais famoso de Casablanca, no Marrocos. Lá, ele mantém uma relação difícil com o Chefe de Polícia local, o capitão Louis Renault, e usa seu café-bar para ajudar fugitivos do nazismo que tentam obter documentos para chegarem à Lisboa e, de lá, embarcarem para os Estados Unidos.

Anos antes, quando ainda se encontrava em Paris, Rick conheceu o grande amor de sua vida, na pessoa de Ilsa Lund, uma lindíssima mulher. Os dois se apaixonaram perdidamente e viveram uma grande e inesquecível paixão. Entretanto, quando os alemães marcharam contra Paris e Rick se viu obrigado a deixar a Europa, ela decidiu não acompanhá-lo, preferindo continuar a viver na França.

Certo dia, em seu apartamento localizado no 1º andar de seu Café, Rick é informado pelo Capitão Renault de que o Major Strasser, do Terceiro Reich, será um importante convidado daquela noite. As duas principais razões que o levarão ao Café são a tentativa de prender Guillermo Ugarte, considerado responsável pela morte de dois alemães e a iminente chegada à Casablanca de um famoso líder da resistência tcheca, Victor Laszlo, que acabara de fugir de um campo de concentração nazista e que, com certeza, irá tentar comprar um visa de saída do País.

Victor Laszlo é agora casado com a bela Ilsa Lund, de modo que, ela irá precisar de auxílio para que ele possa seguir para um local seguro. Sua única esperança de fuga estará nas mãos de Rick Blaine, seu antigo amante, através do seu esquema de obtenção de documentos que permitem aos interessados deixarem o norte da África com destino à Lisboa.

A chegada do Major Strasser interrompe a conversa entre o Capitão Renault e Rick. Carl, o gerente do Café, oferece ao oficial da Gestapo uma das melhores mesas, enquanto Renault apresenta Strasser aos prazeres da casa: vinho francês e caviar russo.

Na sala de jogos, Ugarte é preso por policiais franceses. Enquanto isso, Rick é apresentado ao Major Strasser pelo Capitão Renault. Strasser informalmente interroga Rick sobre sua opinião a respeito do potencial da máquina militar alemã, mas Rick se mantém sabiamente neutro. Strasser diz que seu principal objetivo em Casablanca é encontrar seguidores da Resistência, inclusive líderes como Victor Laszlo. Durante o interrogatório informal, Rick não expressa o menor interesse em ajudar pessoalmente qualquer que seja o refugiado. Strasser descreve como Laszlo se tornou um inimigo do Reich, enquanto Rick reafirma sua absoluta neutralidade política em relação à guerra. Rick pede licença e se retira da mesa.

Instantes depois, Victor Laszlo e sua encantadora mulher Ilsa chegam ao salão de jogos do Café, onde são levados até a mesa que haviam reservado. Ao atravessarem o salão, ela e Sam, o pianista da casa, aparentam se conhecer. Ele começa a tocar "Love for sale". Ela está vestindo um elegante vestido branco. Ao sentarem-se, Laszlo diz que está à procura de Ugarte. Visivelmente nervosa, ela lhe diz que, de alguma forma, sente que não deveriam estar ali.

O Capitão Renault aproxima-se da mesa e ela aproveita a ocasião para perguntar-lhe sobre o pianista. Renault lhe diz que ele veio de Paris com Rick, o proprietário do Café. Ela ainda lhe pergunta quem é Rick, já que em Paris ele era conhecido por Richard.

Quando o Major Strasser se aproxima, Laszlo se recusa a se levantar e a oferecer um lugar em sua mesa. Os dois se agridem verbalmente e Laszlo diz que se acha em solo francês. Mesmo assim, Strasser lhe diz que ele e a mulher deverão comparecer no dia seguinte aos escritórios do Capitão Renault. Os dois ficam apavorados. Para completar, enquanto tomam um cocktail de champanhe, são avisados por Berger que o responsável pelo fornecimento dos visas de saída, Ugarte, acaba de ser preso pela polícia francesa.

Quando Laszlo se retira, Ilsa manda chamar Sam e lhe pede notícias de Rick e que ele toque algumas das velhas canções. Nervosamente, Sam toca "Avalon", uma música que não está entre as velhas canções que ela gostaria de ouvir. Fiel e dedicado a Rick, o pianista sabe que ela lhe poderá trazer-lhe muitas dores de cabeça. Ela não desiste: "Em consideração aos velhos tempos, toque uma única vez, toque 'As time goes by". Sam, finalmente, não resiste aos seus insistentes apelos e toca a bela canção, enquanto lágrimas rolam dos olhos dela.

À medida que Sam toca e canta, ela se vê inundada de queridas e nostálgicas lembranças e sente medo de suas próprias reações diante da possibilidade de se reencontrar com Rick. Enquanto isso, ao ouvir Sam tocar e cantar a canção "proibida", Rick, completamente perturbado, entra no salão disposto a castigar o amigo por estar a tocar uma canção que o faz recordar os velhos tempos de Paris.

Ao se deparar com Ilsa, ele fica estarrecido, atônito. Eles trocam um longo e perturbador olhar depois de muitos anos. Sam rapidamente larga o piano. Logo depois, o Capitão Renault e Laszlo voltam do Bar. Rick esconde seus sentimentos quando de sua apresentação à Ilsa, tratando-a como a uma estranha. Ilsa interrompe a formalidade de Renault e pessoalmente apresenta Laszlo a Rick. Para surpresa de Renault, Rick junta-se ao grupo para um drink e aproveita a ocasião para parabenizar Laszlo pelo seu trabalho na Resistência. Como já é tarde, Laszlo e Ilsa decidem ir embora. Já na rua, enquanto se dirigem para um táxi, ele comenta: "Esse Rick é um cara enigmático", ao que ela lhe responde, sempre olhando para a frente: "Eu realmente não posso opinar, embora o tenha visto várias vezes em Paris".

Naquela noite, depois de fechar o Café, Rick se desespera ao pensar em Ilsa, ao mesmo tempo em que enfia a cara na bebida e no cigarro. Sam o aconselha a ir para a cama. Ele retruca afirmando que ela vai voltar e se recusa a sair dali. Desesperado com as dolorosas lembranças do passado, Rick ordena a Sam tocar para ele "As time goes by". Ele ainda está apaixonado, embora sofrendo a rejeição por ela o ter abandonado em Paris sem qualquer explicação.

Ao final dessas reminiscências, a câmera mostra um Rick abatido e bêbado sentado numa mesa do Café e batendo no seu copo de bourbon. De repente, a porta do Café fechado abre-se e surge Ilsa, realçada por um feixe de luz, vestindo um casaco branco e um cachecol. Como ele esperava, ela veio até o Café, mas só aumentou seu ressentimento ao dizer-lhe que não teria viajado até Casablanca se soubesse que ele estava vivendo nessa cidade. Ela se aproxima numa tentativa de falar com ele, mas ele se recusa a ouvir suas explicações. Mesmo assim e com lágrimas nos olhos, ela insiste em falar de seu passado quando, ainda jovem em Paris e recém-chegada de sua cidade, Oslo, conheceu um homem fabuloso que lhe abriu um mundo de conhecimentos e ideais. Enfurecido, Rick não permite que ela continue. Ilsa, com uma lágrima correndo pela face, não diz mais uma palavra e sai deixando Rick arrasado sobre a mesa.

Na manhã seguinte, no escritório do Capitão Renault, o Major Strasser tenta intimidar o casal, alegando que a única forma deles conseguirem sair de Casablanca é se Laszlo dedurar os nomes de todos os líderes da Resistência em atividade na Europa. Laszlo o encara e diz: "Se eu não delatei meus companheiros quando me encontrava preso num Campo de Concentração, onde vocês usavam métodos mais persuasivos, não é aqui que vou fazê-lo".

Rick encontra Ilsa fazendo compras num Bazar e tenta se desculpar pela noite anterior, mas ela friamente rejeita suas explicações. Embora ele se ache sóbrio, ela vê quanto ele mudou e lhe diz: "O Rick que conheci em Paris era um outro. Estarei brevemente deixando Casablanca e espero que nunca mais nos voltemos a nos encontrar. Agindo assim, talvez nós nos lembremos apenas dos dias felizes vividos em Paris e não desses passados em Casablanca". Mesmo assim, ele lhe diz que a estará aguardando em seu apartamento. Ele espera que ela minta para Laszlo como mentira no passado para ele. Ela, então, lhe revela que quando eles foram amantes em Paris, Laszlo já era seu marido, na época preso. Bruscamente, Ilsa se afasta do local, deixando um Rick subjugado, aturdido e emudecido.

Ilsa e Laszlo chegam ao Café de Rick em sua segunda noite em Casablanca. Ilsa veste um lindo vestido preto. Rick os cumprimenta e observa que Sam está tocando as velhas músicas dos bons tempos. Ela pede uma mesa próxima ao piano. Rick pede a Sam que toque a música preferida de Ilsa: "As time goes by".

Depois de ter tentado conseguir, sem sucesso, os visas de saída com o Signor Ferrari, um dos líderes das atividades clandestinas em Casablanca, Laszlo oferece 100.000 FF a Rick pelos referidos visas. Como este não aceita a oferta, Laszlo contrapropõe com uma nova oferta de 200.000 FF, sendo mais uma vez rejeitada por Rick. Laszlo, então, lhe pergunta: "Há alguma razão especial para que você não me ceda esses dois visas?". Ao que Rick lhe responde: "Há, sim. Sugiro-lhe que pergunte à sua esposa".

De volta ao hotel, Laszlo pergunta à sua mulher se ela tem alguma coisa a lhe dizer sobre os seus encontros com Rick, em Paris. Ela lhe diz que não tem nada a falar e ele lhe diz que acredita nela.

Quando Laszlo sai para uma reunião com um grupo da Resistência local, Ilsa decide procurar Rick em seu apartamento com o fim de tentar convencê-lo a fornecer os visas de saída. Ao vê-la, Rick lhe diz que espera que sua presença nada tenha a ver com as cartas de trânsito. Ela insiste que as cartas de trânsito são sua única esperança de não ter Laszlo morto em Casablanca, e lhe diz que pode pedir o preço que quiser (disposta, inclusive a dar o seu corpo como parte do pagamento). Mais uma vez, ele nega qualquer tipo de ajuda. Ela, então, o chama de um fraco, de um covarde, que só pensa agora em se vingar. Quando ele se vira para acender um cigarro, ela saca uma arma e, tremendo, o ameaça e exige que as cartas de trânsito sejam colocadas sobre a mesa. Ele se nega mais uma vez e diz que o melhor que ela tem a fazer é puxar o gatilho e acabar com tudo de uma vez.

Ela percebe, finalmente, como ele ficou machucado ao ser por ela abandonado em Paris. Diante de tal constatação, ela baixa a arma e, caminhando em direção à janela com os olhos cheios d'água, termina caindo em seus braços, sucumbindo ao seu poderoso e admirável amor. Ela admite que se entregou totalmente em Paris e que sofreu muito com a separação, bem como, percebe que nunca deixou de amá-lo e termina suas palavras apaixonadas com um autêntico beijo.

Depois de ouvir as declarações dela, Rick lhe pergunta sobre o presente. Completamente entregue a ele, ela lhe responde que fará o que ele quiser e que irá para onde ele for. A única coisa que pede é que ele consiga uma carta de trânsito que permita Laszlo partir em segurança. Terminando, ela lhe diz: "Eu não posso mais lutar. Eu fugi de você uma vez e não posso fazê-lo de novo. Eu já não sei mais o que é certo. Você vai ter que passar a pensar por nós dois".

Carl chega ao Café, que se encontra às escuras, trazendo Laszlo ferido por policiais franceses, quando de uma batida ao local da reunião do grupo da Resistência. Imediatamente, Rick pede que Carl acompanhe Ilsa até o hotel, saindo por uma porta lateral. Rick junta-se, então, a Laszlo e lhe oferece um drink enquanto inicia uma conversa para ganhar tempo. Sem demonstrar nenhuma mágoa ou vingança, Laszlo diz que sabe que os dois amam a mesma mulher: "Sei que você não vai me fornecer as cartas de trânsito. Tudo bem. Mas eu lhe peço que consiga apenas uma que permita a saída em segurança de Ilsa".

Momentos depois, policiais franceses, possivelmente instigados por Strasser, chegam ao Café e levam Laszlo preso. Na manhã seguinte, 04/12/1941, Rick vai à Polícia tentar fazer com que o Capitão Renault solte Laszlo. Rick revela que tem certeza do amor de Ilsa e que pretende usar as cartas de trânsito para viajar com ela para Lisboa sem a interferência da Gestapo ou da polícia.

Rick sugere a Renault soltar Laszlo uma hora e meia antes da partida do avião para Lisboa. Laszlo seria, então, atraído até o Café de Rick onde seria novamente preso tão logo pusesse as mãos nas cartas de trânsito roubadas. Renault acha a idéia ótima porque: (1) ele teria as cartas de trânsito de volta, (2) seria elogiado pelo Major Strasser, e (3) ganharia 10.000 FF de uma aposta feita com Rick.

No Blue Parrot, Rick acerta a venda do seu Café para o Signor Ferrari.

No seu Café, Rick manuseia as cartas de trânsito quando Renault chega. Logo em seguida, chegam Laszlo e Ilsa. Enquanto ele paga o táxi, Ilsa entra e diz a Rick que seu marido está pensando que irá viajar com ela. Rick lhe responde que o melhor momento para lhe dizer toda a verdade é quando já se acharem no aeroporto. Laszlo entra no Café e agradece a Rick por todo o esforço que ele tem feito para ajudá-lo.

Tão logo Rick passa as cartas de trânsito para Laszlo preenchê-las com os nomes dos que vão viajar, Renault chega e dá ordem de prisão a Laszlo. Horrorizada, Ilsa, que se achava ao lado de Rick, passa imediatamente para o lado do marido. Rick percebe, então, que ela pertence definitivamente a Laszlo e que os dois devem partir juntos.

Com uma arma disfarçadamente apontada para Renault, Rick diz que ninguém vai ser preso, pelo menos por enquanto, e força Renault a telefonar para o Aeroporto para avisar que dois passageiros estarão embarcando para Lisboa com suas cartas de trânsito. Entretanto, sem que Rick saiba, ele telefona para o Major Strasser e o avisa sobre a fuga.

No hangar do aeroporto, o avião está preparado para partir em dez minutos. Rick, Renault, Laszlo e Ilsa chegam ao local em um carro do governo. Rick ordena a Renault que envie um ordenança levar a bagagem de Laszlo até o avião. Laszlo o acompanha. Em seguida, Rick ordena que ele preencha as duas cartas de trânsito com os nomes do Sr. e da Sra. Victor Laszlo.

Desnorteada, Ilsa protesta contra as mudanças de planos de Rick e insiste para que os dois terminem juntos. Rick tenta convencê-la de que esta é a melhor solução para eles e que o trabalho de Laszlo é muito importante para ser interrompido. Mesmo assim, ela não se convence nem se conforma em ter que se separar de Rick. Quando Laszlo retorna, informa que tudo já está arranjado. Ele se despede de Rick afirmando que Rick agora um novo membro da Resistência Pan-Européia. Ao lado do marido, Ilsa lança um último olhar para Rick e lhe diz adeus.

À medida em que o casal se dirige para o avião, uma lágrima desce do olho dela. Laszlo nota sua expressão entorpecida. O Capitão Renault vira-se para Rick e lhe informa que vai ter que o prender, ao que Rick responde: "Tão logo o avião decole...".

Nesse momento, o Major Strasser irrompe no hangar onde toma conhecimento que Victor Laszlo encontra-se no avião. Strasser tenta se comunicar com a torre de comando, mas Rick, armado, ordena-lhe que desista. Entretanto, com a outra mão, ele consegue sacar uma outra arma e atira em Rick que, em auto-defesa, atira e mata Strasser.

Segue-se um momento de silêncio e tensão. Como não há testemunhas, o Capitão faz vista grossa para o crime de Rick e decide não prendê-lo. Assim, debaixo de um intenso nevoeiro, eles observam o avião partir em direção à Lisboa.

O Capitão Renault diz, então, a Rick que seria de bom alvitre que ele desaparecesse por uns tempos de Casablanca e lhe sugere Brazzaville na África Equatorial Francesa. Os dois saem discutindo o que fazer com os 10.000 FF da aposta que haviam feito se Laszlo conseguiria ou não sair vivo de Casablanca. Finalmente, Rick diz para Renault:

- "Louis, acho que este é o começo de uma bela amizade!"

"Casablanca" é, sem dúvida, o maior filme de todos os tempos, seguido por "Cidadão Kane" e "...E o Vento Levou". A fórmula de "Casablanca" é magnífica e começa por um roteiro perfeito, irretocável, contendo todos os elementos do cinema clássico, um formidável leque de personagens, em torno dos quais gira uma mistura de política, paixão, romance, guerra, heroísmo, mistério e intriga. Por outro lado, apresenta um excelente sentido de tempo e lugar. Poucos filmes são tão bem conectados ao tempo em que foram produzidos como este. Rodado em plena 2ª Guerra Mundial, numa época em que ninguém tinha a menor idéia de quem seriam os vencedores, o filme é o grande marco da Idade de Ouro do cinema americano.

A direção de Michael Curtiz é consistentemente segura e consegue prender a atenção da platéia até o seu final. "Casablanca" apresenta, ainda, um ótimo design de produção, uma belíssima fotografia em preto-e-branco e uma fabulosa trilha sonora. Quem não conhece a canção "As Time Goes By", gravada pela maioria dos grandes cantores e músicos americanos?

O elenco é um outro ponto forte do filme. Humphrey Bogart, uma das lendas de Hollywood, tem o maior papel de sua carreira, como o cínico, inescrupuloso, mas também nobre e generoso Rick. Com a bela e talentosa Ingrid Bergman, consegue manter uma química inesquecível. Os atores coadjuvantes também oferecem uma magnífica contribuição para o sucesso do filme, com as ótimas atuações de Claude Rains, Conrad Veidt, Paul Henreid, Peter Lorre, Sydney Greenstreet, S. Z. Sakall, além da marcante participação de Dooley Wilson.

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quinta-feira, outubro 16, 2008

COISAS QUE NINGUÉM CONTA PRA GENTE!

Serviço 102 (Informações)

Quando você precisar do serviço 102, que custa R$ 2,05.
Lembre-se que agora existe o concorrente que cobra apenas R$ 0,29 por informação fone 0300-789-5900.

Para informações da lista telefônica, use o nº 102030 que é gratuito, enquanto que o 102 e 144 são pagos e caros.

*Correios*
Se você tem por hábito utilizar os Correios, para enviar correspondência, observe que se enviar algo de pessoa física para pessoa física, num envelope leve, ou seja, que contenha duas folhas mais ou menos, para qualquer lugar/Estado, e bem abaixo do local onde coloca o CEP escrevera frase 'Carta Social', você pagará somente R$0,01 por ela.
Isso está nas Normas afixadas nas agências dos correios, mas é claro que não está escrito em letras graúdas e nem facilmente visível.
O preço que se paga ela mesma carta, caso não se escreva 'Carta Social', conforme explicado cima custará em torno de R$0,27 (o grama). Agora imaginem no Brasil inteiro, quantas pessoas desconhecem este fato e pagam valores indevidos por uma carta pessoal diariamente?

*Telefone Fixo para Celular*
A MELHOR DE TODAS!!!
Se você ligar de um telefone fixo da sua casa para um telefone celular, será cobrada sempre uma taxa a mais do que uma ligação normal, ou seja, de celular para celular. Mas se acrescentar um número a mais, durante a discagem, lhe será cobrada apenas a tarifa local normal. Resumindo: Ao ligar para um celular sempre repita o ultimo dígito do número.

Exemplos:
9XXX - 2522 + 2
9X7X - 1345 + 5
Atenção: o número a ser acrescido deverá ser sempre o último número do telefone celular chamado!

Serviços bancários pela Internet
Para quem acessa o Home Banking de casa. Vale a pena ler e se prevenir.
Quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet, siga as 3 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site:

1 - Minimize a página. Se o teclado virtual for minimizado também, está correto. Se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata! Não tecle nada.
2 - Sempre que entrar no site do banco digite SUA SENHA ERRADA na primeira vez. Se aparecer uma mensagem de erro significa que o site é realmente do banco, porque o sistema tem como checar a senha digitada.
Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal. Sites piratas não têm como conferir a informação, o objetivo é apenas capturar a senha.
3 - Sempre que entrar no site do banco verifique se no rodapé da página aparece o ícone de um cadeado; além disso, clique 2 vezes sobre esse ícone; uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deve aparecer. Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer, mas será apenas uma imagem e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.
Os 3 pequenos procedimentos acima são simples, mas garantirão que você jamais seja vítima de fraude virtual.

terça-feira, outubro 14, 2008

O GRANDE DITADOR (1940)

Durante a 1ª Guerra Mundial, um barbeiro judeu perde a memória em um acidente, no qual salva a vida do piloto militar Schultz. Anos depois, ao retornar à barbearia, ele encontra a Tomânia sob o domínio do ditador Adenoid Hynkel e os judeus restritos ao gueto.

Hynkel, cuja imponência arranca saudações de multidões, planeja dominar o mundo e o primeiro passo é invadir o país vizinho, Osterlich. A estratégia também inclui o extermínio dos judeus, capturados e mandados aos campos de concentração.

O barbeiro judeu e o agora comandante Schultz, acusados de defenderem os interesses do povo perseguido, vão presos. A dupla consegue fugir e, devido às semelhanças físicas, o barbeiro é confundido com o ditador e acaba discursando em seu lugar.

"O Grande Ditador" é um dos famosos clássicos do cinema. Realizado por Charles Chaplin, que também assina o roteiro e a produção, o filme satiriza o regime ditatorial dos nazistas, na Alemanha, bem como, o fascismo de Mussolini. Por outro lado, é a primeira obra de Chaplin com diálogos.

O roteiro foi elaborado em 1939, enquanto a Alemanha invadia a Polônia e dava início à 2ª Guerra Mundial. Através desse filme, o grande cineasta conclama o mundo a reagir ao totalitarismo, num momento em que parte dos EUA pregava a neutralidade.

"O Grande Ditador" apresenta inúmeras cenas antológicas, como aquela em que Hynkel brinca com um imenso globo terrestre e chora como uma criança quando este estoura.

No Brasil, o filme foi censurado pelo Governo de Getúlio Vargas, por considerá-lo 'comunista' e 'desmoralizador' das Forças Armadas.

CARLITOS, O INESQUECÍVEL (1914)

Vigarista convence Tillie, uma garota rica, a fugir com o dinheiro do pai. Na cidade, ela fica bêbada, é presa, enquanto ele pega o dinheiro dela e corre para sua antiga namorada, Mabel.

Tempos depois, ele lê que Tillie, agora trabalhando como garçonete, acaba de herdar a propriedade de um tio multimilionário. Ele volta a procurá-la, mudam-se para a Villa do tio dela, onde Mabel consegue trabalho como faxineira.

O tio, que não havia morrido, retorna e recorre à polícia para expulsá-los.

Baseado na peça da Broadway "Tillie's Nightmare", "Carlitos, o Inesquecível" é um bom filme, embora bem abaixo dos grandes sucessos de Charles Chaplin. Na realidade, nessa comédia, Chaplin aparece apenas como ator.

A direção é assinada por Mack Sennett, responsável também pela produção. Embora a linha da história apresente maiores possibilidades, Sennett não soube melhor aproveitá-la.

Chaplin demonstra o seu conhecido talento. Mabel Normand está bem e Marie Dressler, que já havia atuado na Broadway, é o grande destaque.

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segunda-feira, outubro 13, 2008

PEDÓFILO ANTÔNIO MANOEL QUER REGALIAS

Não há coisa mais repugnante do que um homem ser desonesto, principalmente quando o assunto é uma criança, ou mesmo, uma adolescente. Leio no site 24horas que o criminoso Antônio Manoel Camelo Rodrigues, preso por prática de pedofilia, exige regalias dentro do presídio onde se encontra desde 2002. Que regalias ele quer? Está comendo e bebendo às custas do dinheiro público. E, ainda, com tempo para escrever mais sandices que ele chama de poesia. A maioria das poesias feitas, antes de ser preso, tem o grito de dor das crianças estupradas e, as letras, respingam o sangue vaginal de suas vítimas.

Antônio Manoel não pode, de maneira alguma, ter privilégios dentro da prisão. Se tiver, farei campanha para que todos os outros criminosos julgados, também os tenham. Antônio Manoel não pode ser considerado homem normal, é um criminoso das piores estirpes e, por isso, não pode sair da cadeia. Se sair fará novas vítimas. Essas vítimas não serão meninas filhas de autoridades. Serão crianças da periferia de Rio Branco, viventes da fome, da desestrutura familiar, da falta de expectativa de vida, falta de amor próprio e esperança. Crianças, apenas crianças.

Durante três meses investiguei a vida e os passos de Antônio Manoel, depois de denúncias de que ele era o responsável por uma série de casos de crianças vítimas de estupros atendidas na maternidade Bárbara Heliodora, de Rio Branco. Nessa maternidade ele tinha uma irmã enfermeira que encobria os crimes praticados por ele. Não foram poucos os casos. Desde 1985 os crimes eram encobertos desde a delegacia até à casa de saúde.

O maníaco aliciava meninas pobres na periferia de Rio Branco e mantinha relações sexuais com elas em sua residência, na estrada Dias Martins. Na casa, distante de vizinhos, as crianças eram estupradas sem dor nem piedade. Quando descobrir o cativeiro onde as meninas eram estupradas, acionei a Polícia Federal que encontrou mais de mil negativos de fotos de menores nuas, praticando sexo entre elas e com o acusado. Crianças de 10, 11, 12 anos de idade. Essas fotos foram apresentadas na CPI da Prostituição Infantil do Congresso Nacional.

Manoel foi pego quando estuprou uma menina de apenas 11 anos de idade. Uma criança em formação. Moradora no bairro periférico chamado Mauri Sérgio, a menina foi aliciada por uma outra menor, a mando do criminoso, e levada à casa dele onde foi estuprada. Depois do crime, a menor foi levada em estado lastimável para a maternidade Bárbara Heliodora onde recebeu os cuidados da irmã enfermeira. Infelizmente, para ele, o caso chegou ao meu conhecimento. A suspeita do crime apareceu quando a mãe da menor denunciou o crime na delegacia da mulher e, a delegada, amiga dele, havia registrado no boletim de ocorrência que o autor era desconhecido. Ao checar os dados na havia dúvidas.

Depois de 12 horas de trabalho intenso fiz a denúncia ao juizado do menor com provas cabais. Antônio Manoel, por fazer parte do alto clero do PT, nunca pensou em ser preso. Mas foi graças à competência da juíza Maria Tapajós, titular do juizado da infância e juventude do Acre, foi preso um dia antes de tentar fugir para os Estados Unidos. Ninguém acreditava que um dos fundadores do PT no Acre, amigo do presidente Lula e dos irmãos Viana, fosse parar atrás das grades.

Com a prisão de Antônio Manoel, outras vítimas dele compareceram à delegacia para prestar depoimento. Cinco meninas na faixa etária de 11 a 13 anos foram aliciadas e estupradas pelo escritor, que cultivava o hábito de filmar e fotografar as vítimas em poses eróticas.

À época, a sentença de 34 anos foi dada pelo juiz Raimundo Nonato, referiu-se apenas a dois dos cinco processos a que Antônio Manoel respondia por pedofilia. Atualmente ele responde a mais de oito e, se depender de mim, deve passar o resto da vida na cadeia. Um homem que estupra uma criança não merece respeito da sociedade. A última vitima do maníaco, segundo os médicos, nunca será mãe.

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BOLÍVIA MANDA PRENDER JORNALISTA ACREANO

O Governo boliviano em um ato de imposição, ‘amordaça’ funcionários da Prefeitura (Governo) e a imprensa da capital de Pando, Cobija. O Ministro da Presidência, Juan Ramon Quintana, passou a ser o principal alvo da imprensa da Bolívia, desde que começou a perseguir os órgãos de comunicação e profissionais.

Nesta semana, foi ao ar em rede nacional, para fazer denúncias contra todos os meios de comunicação e profissionais de Cobija, dizendo que todos haviam sido cooptados pelo governador deposto, Leopoldo Fernandez, inclusive o jornal O ALTO ACRE.

Segundo informações, jornalistas estão escondidos pela cidade após o pronunciamento do Ministro e passaram a ser procurados. Por telefone, um jornalista de Cobija, confirmou às ameaças que estão sofrendo.

Após a prisão do ex-governador Leopoldo Fernandez, o contra-almirante Landelino Rafael Bandeira Arze, assumiu o Palácio do Governo pandino e rege com mão-de-ferro, a atual administração.

Em uma reunião com os funcionários depois de duas semanas no poder, ‘puxou’ a orelha onde disse que, “estava ali para limpar a sujeira”. Desde então, qualquer funcionário ou pessoa que entre no prédio, é revistado tanto na entrada quanto na saída.

Todos os documentos do Governo estão sendo revisado folha por folha para que possam encontrar vestígios e de alguma forma, possam ser usados contra Leopoldo Fernandez. Os funcionários antigos passaram a ser vigiados e tratados de forma áspera e desconfiança por soldados da Marinha.

Os meios de comunicação: rádio, TVs, Produtoras e jornais impressos, passaram a ser subservientes ao Governo, caso não, poderão ter suas portas lacradas. Muitos radialistas brasileiros que trabalham no lado boliviano, estão apreensivos e alguns já pensam em mudar para outros estados no Brasil para poder sobreviver.

Alexandre Lima

O jornalista Alexandre Lima, proprietário do jornal eletrônico, OALTOACRE.COM, localizado na cidade de Brasiléia/Acre, fronteira com a Capital de Pando, Cobija, na Bolívia, passou a ser procurado pela polícia militar do Exército do País.

Sabendo da visita do presidente da Bolívia neste sábado, dia 11, ligou para um colega jornalista informou para que não fosse para Cobija. Segundo informações passadas, foi emitido um mandado de prisão e que seria levado para a cidade de La Paz.

Ao perguntar o motivo, disse que, pelo fato de ter tido um suposto contrato com o ex-governador, Leopoldo Fernandez, passou a ser procurado pelas ruas por soldados que tem em mãos, foto do brasileiro para ser preso.

Além do brasileiro, outros jornalistas da cidade também estão sendo procurados depois que o Ministro Juan Ramon Quintana mostrou em rede nacional, uma lista com todos os meios de comunicação, inclusive, o jornal O ALTO ACRE.

Alexandre Lima está sendo considerado “persona non grata” por divulgar os acontecimentos desde que começou os conflitos na cidade de Cobija há cerca de dois anos. Os confrontos entre oposicionistas e pró-Evo, já acontece desde 2006 quando Leopoldo foi eleito.

O jornal O ALTO ACRE, divulgou juntamente com a imprensa da Bolívia, a matéria-denúncia feita pelo jornalista Carlos Valverde, da Rede PAT, o plano de tomada do ‘Oriente’, fato esse que abalou a credibilidade do Ministro Juan Ramon Quintana.

Após saber do mandato de prisão existente na cidade de Cobija, o jornalista procurou autoridades para fazer a denúncia e também a Federação Nacional dos Jornalistas.

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quinta-feira, outubro 09, 2008

“É O CÓDIGO FLORESTAL, ESTÚPIDO”

Nilder Costa – Alerta em Rede

A mais nova ‘Mincada’ na praça – a divulgação da lista dos ‘100 Mais’ desmatadores no País com os assentamentos do Incra na cabeça – causou uma mini-crise palaciana e a alegria de editores da imprensa nacional e internacional (principalmente a britânica), que não perderam a oportunidade para espicaçar o governo brasileiro, como fizeram a BBC News e o The Guardian, taxando-o de ser ‘o maior causador do desmatamento na Amazônia’.

O presidente Lula teve que intervir na crise entre os Ministérios do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Agrário e determinou que o ministro Carlos Minc fizesse uma auditoria nas oito multas aplicadas ao Incra por desmatamentos de 229 mil hectares em Mato Grosso, correspondentes a 44% do total da área desmatada pelos ‘100 Mais’. "Em 20 dias, o Ibama terá de dizer o que está certo e o que não está nessas multas", disse um constrangido Minc. A ordem ao Ibama para a revisão dos processos administrativos do caso foi dada na presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, logo depois de ele ter acusado o Meio Ambiente de irresponsabilidade e "erros crassos" ao elaborar o relatório sobre as multas e os maiores desmatadores.

Cassel reclamou que o período exato do desmatamento verificado nos assentamentos não é identificado na lista e que o Incra é tratado como proprietário de áreas nas quais, há anos, estão assentadas centenas de famílias de trabalhadores. E que a degradação ‘pós-assentamento’ não configura diretamente uma ilegalidade dado que, até a edição da famigerada MP 2.166, de agosto de 2001, o assentado estava autorizado a derrubar metade da reserva legal de seu lote (depois da MP, caiu para 20% na ‘Amazônia’).

Minc, por sua vez, esclareceu que o Incra ocupou os primeiros lugares na lista de desmatadores por ser, formalmente, o dono das terras exploradas por colonos assentados. Segundo ele, juridicamente, o Incra não pode passar a posse de terra ao agricultor antes de dez anos. Ademais, Minc criticou o modelo adotado atualmente para distribuir terras aos assentados que, segundo ele, transforma os assentamentos em tabuleiro de xadrez ao dividir uma grande área em pequenos módulos de terra, a serem explorados separadamente por cada família, não favorecendo nem a produtividade agrícola nem a formação de corredores ecológicos.

É bizantino discutir-se se os assentamentos do Incra devem ou não encabeçar a lista dos ‘100 Mais’ uma vez que, há tempos, é líquido e notório que eles estão entre os maiores devastadores da Amazônia. Já em 1998, o então deputado Gilney Viana (que mais tarde transitou pelo MMA) demonstrou a íntima correlação entre assentamentos e desmatamentos na Amazônia. O relatório então produzido mostrou que 77% dos assentamentos promovidos pelo governo federal se concentravam na floresta, resultado coerente com dados do Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontando que 60% da área devastada na Amazônia era formada por propriedades de menos de 50 hectares.

Mais recentemente, foi a vez da ONG Imazon fazer um levantamento de 1.354 assentamentos rurais criados pelo INCRA até 2002 na Amazônia, ocupando uma área superior a 231 mil quilômetros quadrados. Segundo o relatório produzido pelo Imazon, nada menos que 106 mil quilômetros quadrados – 49% da área ocupada pelos assentamentos mapeados – haviam sido desmatados até 2004, sendo que entre 1997 e 2004 a taxa anual de desmatamento nesses assentamentos foi de 1,8%.

Por outro lado, não deixa de ser irônico que institutos da ‘ala social’ do governo tenham reagido com as mesmas argumentações e indignação que grandes produtores rurais da região contra critérios e multas pespegadas pelo Ibama por desmatamentos na Amazônia, a eles atribuídos após interpretações de imagens de satélite produzidas pelo Inpe. Dito de outra forma, não é por casualidade que o tirânico Código Florestal tenha colocado no mesmo saco tanto assentados da reforma agrária quanto ‘latifundiários’.

Se, como diz Minc, o bardo verde, os critérios para a reforma agrária na Amazônia precisam ser revistos por transformarem assentamentos em ‘tabuleiro de xadrez’ que não beneficia a produtividade nem o meio ambiente, que dirá então da arbitrária ‘reserva legal’, regulamentada que é por uma Medida Provisória de 2001 que caiu no limbo legislativo? Ou, plagiando famoso marqueteiro americano, ‘É o Código Florestal, estúpido’.

FOTOS PITTER LUCENA