Açaí é uma esperança contra o AVC
Pesquisa feita junto aos moradores de Igarapé-Miri aponta o açaí como um aliado fundamental no combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e tromboses porque ele possui 33 vezes mais antocianina que a uva, que fez cientistas franceses recomendarem doses diárias de vinho para reforçar o organismo com a substância antioxidante que age contra a obstrução das artérias.
A pesquisa está sendo feita pelo cardiologista e presidente da Comissão de Pós-Graduação em Cardiologia de Medicina da Universidade Federal do Pará, Eduardo Costa. Após descobrir a presença da antocianina no açaí, substância que lhe dá cor, ele começou a pesquisa de campo em Igarapé-Miri, município com alto consumo da fruta.
A intenção é associar informações clínicas com a ingestão diária do açaí. Foram, então, analisados dados como fatores de risco (se a pessoa é fumante, se é obesa, se tem herança genética propícia às doenças etc.) peso, circunferência abdominal e resultados de exames de eletrocardiograma, colesterol, triglicerídeo e glicose de 346 pessoas.
Da pesquisa foram excluídas apenas as mulheres, porque a presença dos hormônios femininos na faixa até 45 anos de idade torna esse segmento menos sujeito a infartos, AVC e trombose. Os pesquisados também foram divididos nos grupos dos que tomam açaí diariamente (277) e dos que não tomam (69).
'Quem toma açaí tem HDL elevado e LDL normal. Quem não toma, tem LDL elevado e HDL normal', diz o pesquisador sobre o resultado das análises. As siglas representam os chamados bom (HDL) e mau colesterol (LDL).
Ele explica que situações de risco, como idade avançada, herança genética, fumo, diabetes, pressão alta, obesidade e sedentarismo causam lesões na parede da artéria, dando início a uma placa de LDL. Com o tempo, essa placa tende a aumentar, elevando o risco de se romper e provocar a coagulação do sangue.
DETALHAMENTO
O resultado desse conjunto de fatores é que as veias são obstruídas e não cumprem a função de levar o sangue ao cérebro, coração ou para o resto do corpo. As conseqüências variam de uma trombose nas pernas, por exemplo, ao popular derrame (AVC) e parada cardíaca, todas doenças que deixam seqüelas ou provocam a morte.
Porém, a pesquisa ainda não é conclusiva. Segundo Eduardo Costa, estão sendo identificados mais moradores de Igarapé-Miri que não consomem o açaí. Ele também pretende consolidar os dados com o detalhamento do consumo. Falta saber, por exemplo, se a pessoa toma somente o açaí ou o ingere com o acompanhamento de outros alimentos como charque, peixe, açúcar.
A pesquisa está sendo ampliada também para o Amapá. Mas, de imediato, ele diz que uma coisa é certa: o consumo do açaí como refeição diária, independente do acompanhamento, e uma vida mais saudável reduzem os riscos de problemas arteriais.
Conclusões da pesquisa
* O açaí possui 33 vezes mais substância antioxidante (antocianina) que a uva.
* A substância impede a oxidação da parede das artérias e a obstrução que avança para doenças como AVC, trombose e infarto.
* Quem toma açaí tem HDL (bom colesterol) elevado e LDL (mau colesterol) normal.
Pesquisador se prepara para debater os resultados em Harvard
Ainda este ano, o cardiologista Eduardo Costa apresentará os resultados já alcançados para a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América. No futuro, a descoberta poderá se transformar em um produto farmacêutico para ajudar na prevenção de males que, atualmente, são tratados com pílulas de estastinas ou com cirurgias como a angioplastia.
O cardiologista se prepara para discutir os resultados da pesquisa 'Comportamento de risco de doença arteriosclerótica coronária em amazônidas' com a equipe de medicina de epidemiologia clínica de Harvard, em 17 de novembro deste ano. O objetivo é decidir o futuro das análises.
Costa afirma que este é o único estudo realizado no Brasil. Iniciado em 1999, ele utiliza a mesma metodologia empregada por cientistas da França e Grécia que, em 1990, publicaram trabalho que afirmou terem os franceses e gregos menos colesterol e, portanto, menos risco de problemas arteriais (arteriosclerose), porque consumiam vinho regularmente.
No caso do açaí, a pesquisa que antecedeu à de Costa data de 1998 e foi produzida por pesquisador belga da área de Engenharia Química da UFPA, mas apenas identificou a antocianina. Também revelou que possuía uma diferença em relação à uva porque um litro do fruto amazônico possui 33 vezes mais dessa substância que a uva.
Outro trabalho em Cotijuba, por exemplo, apontou que 68% dos moradores possuíam baixo risco de arteriosclerose e 32%, médio. Nenhum se enquadrou na faixa de alto risco. Lá, a população se alimentava basicamente de peixe. Assim, a conjunção das descobertas reforça a tese de que a alimentação pode salvar vidas.
'Se não tiver fatores de risco, tomar açaí e comer peixe, envelhecerá bem', aposta o cardiologista que não descarta a possibilidade da fruta se transformar em uma aliada no combate a doenças tão eficiente quanto as estastinas (substâncias que desobstruem as artérias) e as cirurgias no coração.
RISCOS
A possibilidade anima o médico diante dos números da Saúde no Brasil e no mundo. As arterioscleroses, aponta, são responsáveis por 46% das mortes registradas mundialmente e as lesões nas artérias que dão origem às obstruções e conseqüentes tromboses, AVC e infartos têm origem em fatores de risco associados aos maiores problemas da atualidade.
Dois fatores, idade (homens acima de 35 anos e mulheres após a menopausa), não são preveníveis. Outros sete são: fumo, diabetes, pressão alta, obesidade, sedentarismo, colesterol alto e estresse diário relacionado ao trabalho, ao estudo e outras situações que aumentam a adrenalina.
Costa observa que a diabetes, hoje, atinge 10% da humanidade. A pressão alta afeta quatro em cada dez pessoas, com o agravante de que não apresenta sintomas e, quando descoberta, não é tratada da forma correta. A obesidade também chega à casa de 80% das mulheres acima de 40 anos e a 70% dos homens que vivem na região Norte do Brasil.
Para completar o quadro, ele afirma que 75% da população paraense se alimenta basicamente de frango ao invés do peixe. 'Não andam, não medem colesterol e esquentam a cabeça por motivos banais, liberando adrenalina, lesionando a parede da artéria que forma a placa da LDL', comenta, com a ressalva de que, diante desse panorama, o consumo de açaí pode ajudar, mas o consumidor deve lembrar que a fruta substitui um almoço porque um litro do suco tem a mesma quantidade de proteínas que um prato de arroz com feijão e carne.
(www.ecodebate.com.br) matéria originalmente publicada pelo O Liberal, PA - 13/10/2006
A pesquisa está sendo feita pelo cardiologista e presidente da Comissão de Pós-Graduação em Cardiologia de Medicina da Universidade Federal do Pará, Eduardo Costa. Após descobrir a presença da antocianina no açaí, substância que lhe dá cor, ele começou a pesquisa de campo em Igarapé-Miri, município com alto consumo da fruta.
A intenção é associar informações clínicas com a ingestão diária do açaí. Foram, então, analisados dados como fatores de risco (se a pessoa é fumante, se é obesa, se tem herança genética propícia às doenças etc.) peso, circunferência abdominal e resultados de exames de eletrocardiograma, colesterol, triglicerídeo e glicose de 346 pessoas.
Da pesquisa foram excluídas apenas as mulheres, porque a presença dos hormônios femininos na faixa até 45 anos de idade torna esse segmento menos sujeito a infartos, AVC e trombose. Os pesquisados também foram divididos nos grupos dos que tomam açaí diariamente (277) e dos que não tomam (69).
'Quem toma açaí tem HDL elevado e LDL normal. Quem não toma, tem LDL elevado e HDL normal', diz o pesquisador sobre o resultado das análises. As siglas representam os chamados bom (HDL) e mau colesterol (LDL).
Ele explica que situações de risco, como idade avançada, herança genética, fumo, diabetes, pressão alta, obesidade e sedentarismo causam lesões na parede da artéria, dando início a uma placa de LDL. Com o tempo, essa placa tende a aumentar, elevando o risco de se romper e provocar a coagulação do sangue.
DETALHAMENTO
O resultado desse conjunto de fatores é que as veias são obstruídas e não cumprem a função de levar o sangue ao cérebro, coração ou para o resto do corpo. As conseqüências variam de uma trombose nas pernas, por exemplo, ao popular derrame (AVC) e parada cardíaca, todas doenças que deixam seqüelas ou provocam a morte.
Porém, a pesquisa ainda não é conclusiva. Segundo Eduardo Costa, estão sendo identificados mais moradores de Igarapé-Miri que não consomem o açaí. Ele também pretende consolidar os dados com o detalhamento do consumo. Falta saber, por exemplo, se a pessoa toma somente o açaí ou o ingere com o acompanhamento de outros alimentos como charque, peixe, açúcar.
A pesquisa está sendo ampliada também para o Amapá. Mas, de imediato, ele diz que uma coisa é certa: o consumo do açaí como refeição diária, independente do acompanhamento, e uma vida mais saudável reduzem os riscos de problemas arteriais.
Conclusões da pesquisa
* O açaí possui 33 vezes mais substância antioxidante (antocianina) que a uva.
* A substância impede a oxidação da parede das artérias e a obstrução que avança para doenças como AVC, trombose e infarto.
* Quem toma açaí tem HDL (bom colesterol) elevado e LDL (mau colesterol) normal.
Pesquisador se prepara para debater os resultados em Harvard
Ainda este ano, o cardiologista Eduardo Costa apresentará os resultados já alcançados para a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América. No futuro, a descoberta poderá se transformar em um produto farmacêutico para ajudar na prevenção de males que, atualmente, são tratados com pílulas de estastinas ou com cirurgias como a angioplastia.
O cardiologista se prepara para discutir os resultados da pesquisa 'Comportamento de risco de doença arteriosclerótica coronária em amazônidas' com a equipe de medicina de epidemiologia clínica de Harvard, em 17 de novembro deste ano. O objetivo é decidir o futuro das análises.
Costa afirma que este é o único estudo realizado no Brasil. Iniciado em 1999, ele utiliza a mesma metodologia empregada por cientistas da França e Grécia que, em 1990, publicaram trabalho que afirmou terem os franceses e gregos menos colesterol e, portanto, menos risco de problemas arteriais (arteriosclerose), porque consumiam vinho regularmente.
No caso do açaí, a pesquisa que antecedeu à de Costa data de 1998 e foi produzida por pesquisador belga da área de Engenharia Química da UFPA, mas apenas identificou a antocianina. Também revelou que possuía uma diferença em relação à uva porque um litro do fruto amazônico possui 33 vezes mais dessa substância que a uva.
Outro trabalho em Cotijuba, por exemplo, apontou que 68% dos moradores possuíam baixo risco de arteriosclerose e 32%, médio. Nenhum se enquadrou na faixa de alto risco. Lá, a população se alimentava basicamente de peixe. Assim, a conjunção das descobertas reforça a tese de que a alimentação pode salvar vidas.
'Se não tiver fatores de risco, tomar açaí e comer peixe, envelhecerá bem', aposta o cardiologista que não descarta a possibilidade da fruta se transformar em uma aliada no combate a doenças tão eficiente quanto as estastinas (substâncias que desobstruem as artérias) e as cirurgias no coração.
RISCOS
A possibilidade anima o médico diante dos números da Saúde no Brasil e no mundo. As arterioscleroses, aponta, são responsáveis por 46% das mortes registradas mundialmente e as lesões nas artérias que dão origem às obstruções e conseqüentes tromboses, AVC e infartos têm origem em fatores de risco associados aos maiores problemas da atualidade.
Dois fatores, idade (homens acima de 35 anos e mulheres após a menopausa), não são preveníveis. Outros sete são: fumo, diabetes, pressão alta, obesidade, sedentarismo, colesterol alto e estresse diário relacionado ao trabalho, ao estudo e outras situações que aumentam a adrenalina.
Costa observa que a diabetes, hoje, atinge 10% da humanidade. A pressão alta afeta quatro em cada dez pessoas, com o agravante de que não apresenta sintomas e, quando descoberta, não é tratada da forma correta. A obesidade também chega à casa de 80% das mulheres acima de 40 anos e a 70% dos homens que vivem na região Norte do Brasil.
Para completar o quadro, ele afirma que 75% da população paraense se alimenta basicamente de frango ao invés do peixe. 'Não andam, não medem colesterol e esquentam a cabeça por motivos banais, liberando adrenalina, lesionando a parede da artéria que forma a placa da LDL', comenta, com a ressalva de que, diante desse panorama, o consumo de açaí pode ajudar, mas o consumidor deve lembrar que a fruta substitui um almoço porque um litro do suco tem a mesma quantidade de proteínas que um prato de arroz com feijão e carne.
(www.ecodebate.com.br) matéria originalmente publicada pelo O Liberal, PA - 13/10/2006
3 Comments:
Após ver a reportagem me senti até aliviada... faço exames periodicos de colesterol e de uns tempos pra cá (2 meses) tenho ingerido açaí no mínimo 3 vezes por semana e o meu colesterol que sempre esteve a níveis normais estava alto! E para minha supresa, o LDL estava normal e o HDL estava alto! E isso foi após eu começar a comer açaí, que até então nunca havia experimentado!!!
Estou surpresa!
Att
Mariana
2PITTER
Distribuo um "blend" composto de açaí mais 18 frutas. Estou procurando novos distribuidores.
Quem estiver interessado, você me autoriza deixar meu e-mail por aqui?
ÁLVARO
Meu nome é Maxwell, quando fiz meu exame de sangue deu o colesterol na faixa dos 240, bem acima para faixa da minha idade, 56 anos.
Comecei então a ingerir o açaí de manhã, a tarde e às vezes à noite.
Não fiz qualquer dieta, e para minha surpresa no exame de sangue recente meu colesterol estava em 175.
E acreditem só usei açaí e mantive minha vida normal.
É incrível!
At Maxwell
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