NILDA, QUASE NUA
Durante muito tempo, quando era criança, ouvia uma voz na rádio Difusora Acreana que me chamava atenção. Essa voz mandava mensagens e tocava músicas que embalava o coração. Meu pai sempre colocava no programa dela para ouvir mensagens e notícias do mundo que desconhecia. Com o tempo, já adolescente, fui me acostumando com essa voz do rádio. Com uma intenção: um dia conhecê-la.
Passando o tempo, não muito tempo, em 1982, tive o prazer de conhecer a dona daquela voz que encantava os ouvintes dos seringais, colônias e ribeirinhos. Era Nilda Dantas, que além da voz, uma mulher dotada de muita fibra, poesia, guerreira e amiga para todas as horas e problemas.
Lembro que à época, 80, conheci homens que dariam tudo para conhecer a dona daquela voz. Não só pela voz, mas pela qualidade das palavras de segurança que saiam dela. Durante anos, Nilda vem sendo uma dessas vozes que despertou e, desperta, o imaginário de milhares de ouvintes acreanos.
Deixando o rádio de lado, Nilda Dantas, além de um ser mulher é uma poetisa de primeira grandeza, na sua forma sensível de ser. Ao lançar Quase Nua, em 2000, desnudou-se por completo revelando sua nudez poética em sentimentos. Nas páginas que escreveu mostra uma Nilda que não é só voz, mas, uma fêmea em louca explosão de desejos intensos e contraditórios.
Para Nilda, ser mulher não é simplesmente parir, ser Amélia. É ser amiga, amante, companheira. Ser mulher, mesmo com erros, pecados e cicatrizes ser chamada de anjo. Para ela, estando na maturidade ou na juventude de espírito expelida pelos poros, todas são mulheres.
Ser mulher para Nilda é anular preconceitos, liberar instintos selvagens de fêmea e se fazer amada, não importando ser plebéia aos olhos de alguém. Ser princesa é o que importa, mesmo sem poderes e seguidores, o importante é ser deusa.
A poetisa da voz apaixonada deixa claro que para ser mulher a beleza física não importa. É preciso ter algo assim como a elegância de uma gazela, a sensualidade de uma potranca e a ousadia de uma loba.
Nilda foi testemunha de brigas, confidências e gemidos. Foi esconderijo de crianças e encosto dos cansados. Ela resistiu ser usada por homens, meninos e cães. Além de perder o fruto do viço sempre permaneceu fértil. Envelhecer não é nada, o importante é ter vida. A voz ainda grita e o coração pulsa.
Numa de suas poesias ela disse que uma lágrima vai rolar e a lembrança de mansinho despertar. Para não chorar por ela alguém que vai chorar. E no final ela se rende ao rei contra sua vontade, mas no final, no final mesmo, ele será dominado. A voz, o amor e o sentimento de Nilda continuarão a despertar ilusões pelo mundo afora. A voz e o coração gritam hoje e para sempre.
Passando o tempo, não muito tempo, em 1982, tive o prazer de conhecer a dona daquela voz que encantava os ouvintes dos seringais, colônias e ribeirinhos. Era Nilda Dantas, que além da voz, uma mulher dotada de muita fibra, poesia, guerreira e amiga para todas as horas e problemas.
Lembro que à época, 80, conheci homens que dariam tudo para conhecer a dona daquela voz. Não só pela voz, mas pela qualidade das palavras de segurança que saiam dela. Durante anos, Nilda vem sendo uma dessas vozes que despertou e, desperta, o imaginário de milhares de ouvintes acreanos.
Deixando o rádio de lado, Nilda Dantas, além de um ser mulher é uma poetisa de primeira grandeza, na sua forma sensível de ser. Ao lançar Quase Nua, em 2000, desnudou-se por completo revelando sua nudez poética em sentimentos. Nas páginas que escreveu mostra uma Nilda que não é só voz, mas, uma fêmea em louca explosão de desejos intensos e contraditórios.
Para Nilda, ser mulher não é simplesmente parir, ser Amélia. É ser amiga, amante, companheira. Ser mulher, mesmo com erros, pecados e cicatrizes ser chamada de anjo. Para ela, estando na maturidade ou na juventude de espírito expelida pelos poros, todas são mulheres.
Ser mulher para Nilda é anular preconceitos, liberar instintos selvagens de fêmea e se fazer amada, não importando ser plebéia aos olhos de alguém. Ser princesa é o que importa, mesmo sem poderes e seguidores, o importante é ser deusa.
A poetisa da voz apaixonada deixa claro que para ser mulher a beleza física não importa. É preciso ter algo assim como a elegância de uma gazela, a sensualidade de uma potranca e a ousadia de uma loba.
Nilda foi testemunha de brigas, confidências e gemidos. Foi esconderijo de crianças e encosto dos cansados. Ela resistiu ser usada por homens, meninos e cães. Além de perder o fruto do viço sempre permaneceu fértil. Envelhecer não é nada, o importante é ter vida. A voz ainda grita e o coração pulsa.
Numa de suas poesias ela disse que uma lágrima vai rolar e a lembrança de mansinho despertar. Para não chorar por ela alguém que vai chorar. E no final ela se rende ao rei contra sua vontade, mas no final, no final mesmo, ele será dominado. A voz, o amor e o sentimento de Nilda continuarão a despertar ilusões pelo mundo afora. A voz e o coração gritam hoje e para sempre.
Marcadores: Nilda Dantas, Pitter, Poesias
2 Comments:
Caro amigo, estou escandalosamente feliz por merecer tão bela matéria, na sua página, e mais ainda da comparação que você faz da Nilda "Mulher"com as poesias da outra Nilda, afinal ser "muitas" é uma arte.Aguarde as próximas poesias...quando setembro chegar você conhecerá as inéditas do DEVÓRA - ME.Sucesso!
Caro Jornalista,
É tãi difícil encontra a docura e arte nesta cidade concreto...
Mas, sinceramente dizendo, quero Parabenizar pela belíssima sensibilidade que tens em relação a nossa amada Nilda Dantas. Tu simplesmente utilizou-se das melhores metáforas da lingua para descrever a voz humana e mulher que é essa Poeta do Norte.
Att.
Pietra Dolamita
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