O CASARÃO: TERRITÓRIO LIVRE
O bar e restaurante O Casarão nunca sairá da memória de quem o freqüentou. Eu, por exemplo, passei cerca de 10 anos enxugando “louras geladas” por lá. Era o ponto de encontro de todas as tribos políticas. Quantas paixões foram reveladas naquele ambiente de energia mágica. Para quem tinha medo da solidão o caminho indicado era O Casarão.
Como cliente fiel de longas datas, pagava minhas contas no final de cada mês. O Walter e a Graça, com certeza, nunca serão esquecidos. Serviam a todos com muito prazer. A noite no O Casarão realmente era uma criança ao som dos Alquimistas, Grupo Capú e tantos outros artistas que cantavam e tocavam o som do universo para uma platéia de boêmios, poetas, intelectuais, estudantes, anônimos....
Lembro que em 86, quando explodiram o jornal Folha do Acre (onde trabalhava), foi no Casarão que recebi a solidariedade dos amigos. Desempregado como eu, estavam ainda os jornalistas Fé em Deus e Tião Maia. Durante o dia procurava emprego, difícil naquela época, e à noite, afogava as mágoas nas mesas do velho restaurante. Comíamos, bebíamos, fumávamos e ainda voltava para casa com algum dinheiro no bolso. Os amigos sempre foram nota 10.
Aos sábados o restaurante oferecia a melhor feijoada da cidade. Eu e um amigo encontramos um jeito de beber caipirinha de graça no Casarão, claro, aos sábados. A bebida era servida junto com a feijoada. Com apoio dos garçons, ficávamos observando quando os clientes não aceitavam o aperitivo. Diante da recusa a caipirinha vinha de graça para a nossa mesa.
O restaurante O Casarão recebeu esse nome na década de 1980 e foi o primeiro a servir comida regional e alimento natural no Acre. Por causa da diversidade, a imprensa da época carimbou o espaço como Território Livre, onde se estabeleceram, segundo os pioneiros freqüentadores, pensamentos hoje correntes no universo acreano.
Êta tempo bom que não volta mais.
Como cliente fiel de longas datas, pagava minhas contas no final de cada mês. O Walter e a Graça, com certeza, nunca serão esquecidos. Serviam a todos com muito prazer. A noite no O Casarão realmente era uma criança ao som dos Alquimistas, Grupo Capú e tantos outros artistas que cantavam e tocavam o som do universo para uma platéia de boêmios, poetas, intelectuais, estudantes, anônimos....
Lembro que em 86, quando explodiram o jornal Folha do Acre (onde trabalhava), foi no Casarão que recebi a solidariedade dos amigos. Desempregado como eu, estavam ainda os jornalistas Fé em Deus e Tião Maia. Durante o dia procurava emprego, difícil naquela época, e à noite, afogava as mágoas nas mesas do velho restaurante. Comíamos, bebíamos, fumávamos e ainda voltava para casa com algum dinheiro no bolso. Os amigos sempre foram nota 10.
Aos sábados o restaurante oferecia a melhor feijoada da cidade. Eu e um amigo encontramos um jeito de beber caipirinha de graça no Casarão, claro, aos sábados. A bebida era servida junto com a feijoada. Com apoio dos garçons, ficávamos observando quando os clientes não aceitavam o aperitivo. Diante da recusa a caipirinha vinha de graça para a nossa mesa.
O restaurante O Casarão recebeu esse nome na década de 1980 e foi o primeiro a servir comida regional e alimento natural no Acre. Por causa da diversidade, a imprensa da época carimbou o espaço como Território Livre, onde se estabeleceram, segundo os pioneiros freqüentadores, pensamentos hoje correntes no universo acreano.
Êta tempo bom que não volta mais.
Marcadores: O Casarão
1 Comments:
Certamente, como bom boêmio que já fui, frequentei o Casarão e lá perambulei por inúmeras noites, lá iz amigos e vivi amores, lá conheci pessoas e gente, sim porque há muita diferença entre pessoas e gente.
Lembro-me quando nossa Rio Branco era um paraíso para os boêmios, poetas e notívagos. Chalé Bar, ainda no Bosque, O Seringal, Kaxinawa, Luar de Prata, Recanto Verde, Churrasquinho na Disparada, bons tempos aqueles...
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