PITTER LUCENA

Jornalista acreano radicado em Brasília

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sexta-feira, julho 28, 2006

METENDO A MÃO NA JACA

É impressionante como o poder transforma as pessoas e, sendo elas do meio político, a situação é mais feia do que briga de foice no escuro. Basta observar a maioria dos parlamentares que chega ao Congresso Nacional. Esquecem das promessas de campanha que fizeram para ganhar a eleição e caem na bandalheira, roubalheira e tantos outros atos ilícitos. Talvez essa legislatura seja a pior das piores da história desse país. Se gritar pega ladrão apenas uns poucos não corram.

A corrupção foi o principal prato desse governo petista. Ela enraizou-se em todos os cantos do Brasil envolvendo além do Presidente, ministros, senadores, deputados, assessores etc. Picados pela mosca azul, sentiram o cheiro de dinheiro fácil e se esbaldaram em roubar. Roubaram tanto que o ex-presidente Fernando Collor deve está morrendo de vergonha por está sendo considerado apenas um batedor de carteira.

Mas, o que mais me impressiona é saber de parlamentares que, juravam de pés juntos serem inocentes, mas estão atolados até o pescoço nesse mar de lama fétida da corrupção. O deputado federal Júnior Betão (PL-AC) é um exemplo clássico dessa história. Eleito pelo poder do dinheiro da família, Betão não deixou dúvidas quanto ao seu comprometimento com o Acre e sua gente. Foi o deputado mais jovem eleito e deveria trabalhar para ser um grande parlamentar e seguir carreira na política. Mas, ao contrário, meteu o pé na jaca e está mais enrolado do que arame farpado.

No depoimento que o empresário Luiz Antônio Vedoin, operador do esquema dos Sanguessugas, prestou à Polícia Federal, abriu o bico e contou em detalhes como agiam os deputados na apresentação de emendas para compra de ambulâncias para prefeituras em 22 estados brasileiros. Os vampiros não levaram a sério o adágio popular de que “o uso do cachimbo deixa a boca torta” e fumaram o dinheiro público descaradamente.

Vedoin disse à Polícia Federal que Betão chegou a fazer propostas escandalosas para receber propina. Em 2004 o deputado destinou duas emendas – R$ 768 mil e R$ 360 mil – para o Centro Acreano de Inclusão Social, de sua propriedade, para compra de ambulâncias. Um fato interessante: a entidade nunca prestou serviço público, mas Vedoin pagou 15% de propina, ou seja, R$ 170 mil.

A ousadia de Betão aumentou. Na maior cara-de-pau, no ano seguinte ele apresentou outra emenda de R$ 290 mil, desta vez para aquisição de remédios, mas exigiu de propina nada menos de que R$ 230 mil, o que não foi aceito pelo empresário. Sem querer perder o dinheiro fácil Betão procurou Maria da Penha Lino, do Ministério da Saúde, para ver se ela conseguia fazer o serviço. Na realidade, segundo Vedoin, o parlamentar queria comprar as notas ficais dos medicamentos. De posse das notas o rombo seria bem maior.

Ao que parece Júnior Betão fez escola com o ex-deputado Ronivon Santiago, também do Acre, que está mais enrolado do que Bombril. De Ronivon esperava tudo, já que nunca teve interesse em ajudar o Acre, mas Betão me impressionou em ir com muita sede ao pote da corrupção. Já o deputado João Correia não acredito que faça parte desse esgoto fabricado dentro do Congresso. Agora apareceu na lista o ex-deputado José Alex. Esse nunca me enganou: é mais sujo do que pau de galinheiro.

Caminhando e cantando e seguindo a canção...

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

e' cada jaca mais podre que a outra.


desculpe a falta de acentuacao, o teclado nao ajuda.

belo blog, mr. pitter!

5:49 PM  

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