PITTER LUCENA

Jornalista acreano radicado em Brasília

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quinta-feira, julho 13, 2006

MORALES, MAINARDI, VEJA E A VALA COMUM

Depois da confusão gerada pelo presidente Evo Morales, ao nacionalizar o gás boliviano, o tempo andou meio fechado pelas fronteiras do Acre com o país vizinho. Prender o gás e culpar a Petrobras de contrabando chega a ser cômico, já que a Bolívia não produz nada, ou melhor, apenas folha de coca.

Nacionalizar o gás tudo bem, é um direito do povo boliviano, mas querer expulsar os milhares de brasileiros que vivem naquele país é um afronta às relações democráticas entre as duas nações há mais de 100 anos.

Em recente artigo publicado com o título Sobrou para mim, o ex-senador acreano Jarbas Passarinho, afirmou que Evo Morales faz do nacionalismo uma caricatura, fazendo uma lembrança o que disse Vargas Llosa: O nacionalismo converte em religião algo que na sua origem é perfeitamente legítimo.

É o caso da Bolívia, na sua aspiração de eliminar a miséria de seu povo, depois de fornecer, no período colonial, sua riqueza em prata e ouro aos espanhóis.

Evo Morales escalou o Brasil para ser o imperialista odiado na figura (inicial apenas) da Petrobrás, que comprou ao seu país duas refinarias estatais que só davam déficits, numa licitação universal a que só o Brasil compareceu et pour cause.

Põe espetacularmente tropa para cercar as refinarias, afirma em Viena que as expropriará sem nenhuma indenização e finalmente ameaça: O Acre foi trocado por um cavalo. Sobrou para mim. Se ele resolver rasgar os Tratados de Ayacucho e o de Petrópolis como Hitler rasgou Tratados, ao dizer que não passavam de papéis ficarei sem nacionalidade.

Não só eu, mas só para citar xapurienses como Adib Jatene, mestre emérito dos cardiologistas, o jornalista Armando Nogueira e Chico Mendes. A menos que se exume Plácido de Castro, na sua epopéia do Deserto Ocidental.

Além desse triste episódio típico de um presidente fanfarrão, agora vem um imbecil chamado Diogo Mainardi, que se diz intelectual, pegando carona do também imbecil Evo Morales, dizendo que o Acre não vale um cavalo. Os dois não sabem nada sobre o Acre e sua gente. Não sabem que sangue foi derramado para que o Acre fosse território brasileiro.

Não sabem nada de história. Primeiro o Morales, que não estudou porque só plantou coca na vida, e o segundo, Mainardi, não passa de um intelectuoide de meia pataca, que tem vergonha de ser brasileiro. Seu sonho era ter nascido na Europa.

Morales tem lá suas razões. Mainardi não passa de um tremendo gaiato e falastrão, que vive fazendo fofocas sobre os outros. Entre os outros estão membros do governo Lula e jornalistas. Li recentemente uma reportagem afirmando que Mainardi era jornalista. Erro dos mais graves. Não é jornalista e, se fosse, já teria sido expulso da categoria por sua arrogância e mau caráter. Esse escritorzinho de meia tigela conseguiu vaga na mídia graça a revista Veja que, como ele, não passa de panfleto político.

Os acreanos têm razão e direito em acionar esse bandido fantasiado de escritor na Justiça, por falar besteira contra um pedaço de chão que foi palco de sangue para ser brasileiro. Se ele acha que o Acre não vale um cavalo, da mesma forma os acreanos têm certeza que Mainardi não deixa de ser um pangaré sem dentes, com todo respeito à raça dos eqüinos.

Se Mainardi ainda não tinha encontrado sarna pra se coçar, agora arranjou. Mexer com acreano é o mesmo que bulir onça com vara curta e cutucar casa de caba (vespa). Acreano é igual cearense e paraibano, em cada canto se encontra um fazendo arte. E olha se já não tem algum acreano lá por Nova Iorque, bisoiando esse tal de Mainardi para lhe dar uns merecidos cascudos no quengo.

Quando se mexe com um acreano já é uma confusão. Imagina esculhambar a terra amada onde milhares de pessoas têm orgulho de serem chamadas de acreanas e, ainda por cima, do pé rachado.

Sobre a revista Veja, já fui assinante. Hoje observo que é uma pena que nos últimos tempos a revista tenha enveredado pelos caminhos dos esgotos mais fétidos desse país. Não há mais respeito com a sociedade. Vive de especulações e leviandades em reportagens que não apresentam um fio de verdade. Não precisamos desse tipo de veículo de comunicação para manter o sistema democrático e, acima de tudo, para crescimento do Brasil.

Aliás, pensando com meus botões, o acreano em particular (porque foi agredido), e o povo brasileiro devem mandar o presidente boliviano Evo Morales e Diogo Mainardi para a vala comum de onde nunca deveriam ter saído e, claro, levando debaixo do braço a revista Veja para que num caso de necessidade fisiológica possa servir de alguma coisa. Tenho dito: viva o povo acreano que fez uma revolução para ser brasileiro.

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