INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA - I
“O imperialismo na Amazônia, não apenas brasileira, combina sua estratégia militar de espionagem e ocupação futura com interesses mediatos dos capitais monopolistas, insumos para a indústria biotecnológica.” A afirmação é da professora do Departamento de Economia da Universidade Federal do Acre (UFAC), Nazira Correia Camely, depois de uma pesquisa sobre o papel das organizações não-governamentais na Amazônia.
De acordo com a professora, a estratégia combina intervenção econômica com elementos de guerra de baixa intensidade, tendo por base o ecologismo. Tenta cimentar ideologicamente interesses diversos, como os de pequenos produtores e latifundiários, através de uma política de planejamento estatal, como o zoneamento econômico e ecológico, financiado e dirigido por quadros de agências do imperialismo como o Banco Mundial.
O fracasso desse planejamento, apesar dos esforços de propaganda dos governos estaduais e da própria SAE – Secretaria de Assuntos Estratégicos, revela-se na brutal atuação dos órgãos de meio ambiente contra os camponeses: medidas repressivas contra o desmatamento de pequenas áreas para alimentos, pesca e caça, entre outros, aplicação de multas, tomada de ferramentas, prisões e tortura.
O estudo revela que outro resultado bastante visível das políticas imperialistas na Amazônia tem sido o esvaziamento do campo, movimento migratório que tem provocado o crescimento exagerado das cidades e constituído uma população flutuante na fronteira do Brasil com a Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Daí a constituição de uma população flutuante empurrada ora para um país, ora para outro, sem conseguir resolver seu problema, a terra, já que se trata principalmente de camponeses e índios.
A manutenção de relação semifeudais
Ao final do século XIX a produção de borracha controlada pelos EUA engendra um complexo sistema de financiamento da produção que mobilizou um grande contingente de trabalhadores originados do nordeste do Brasil. Segundo a professora Nazira Camely, um sistema de endividamento impedia que esses trabalhadores obtivessem terra, que estavam disponíveis na região. Tratava-se de ter uma força de trabalho exclusiva para a produção de borracha, aprisionada ao sistema extrativista onde os donos de terras – os seringalistas – controlavam os preços da borracha e dos insumos que eram vendidos aos seringueiros. As relações de trabalho eram mantidas pela violência de jagunços, verdadeiro Estado num território em disputa com países vizinhos como Peru e Bolívia.
Tais relações foram modificadas com a crise da produção de borracha no Brasil, porém em várias regiões ainda se mantêm essas mesmas relações. A maioria desses seringueiros, durante quase um século, nunca se tornou proprietário fundiário, o que com a ajuda do oportunismo permitiu convertê-los, ao final dos anos 80, em defesa dos interesses do imperialismo; passaram a vigiar extensas áreas de terras para uma finalidade que até agora não se sabe bem qual seja, a não ser a defesa da natureza e os interesses de toda a humanidade, tal como pregam os ecologistas das ONGs e o próprio Estado.
De acordo com a professora, a estratégia combina intervenção econômica com elementos de guerra de baixa intensidade, tendo por base o ecologismo. Tenta cimentar ideologicamente interesses diversos, como os de pequenos produtores e latifundiários, através de uma política de planejamento estatal, como o zoneamento econômico e ecológico, financiado e dirigido por quadros de agências do imperialismo como o Banco Mundial.
O fracasso desse planejamento, apesar dos esforços de propaganda dos governos estaduais e da própria SAE – Secretaria de Assuntos Estratégicos, revela-se na brutal atuação dos órgãos de meio ambiente contra os camponeses: medidas repressivas contra o desmatamento de pequenas áreas para alimentos, pesca e caça, entre outros, aplicação de multas, tomada de ferramentas, prisões e tortura.
O estudo revela que outro resultado bastante visível das políticas imperialistas na Amazônia tem sido o esvaziamento do campo, movimento migratório que tem provocado o crescimento exagerado das cidades e constituído uma população flutuante na fronteira do Brasil com a Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Daí a constituição de uma população flutuante empurrada ora para um país, ora para outro, sem conseguir resolver seu problema, a terra, já que se trata principalmente de camponeses e índios.
A manutenção de relação semifeudais
Ao final do século XIX a produção de borracha controlada pelos EUA engendra um complexo sistema de financiamento da produção que mobilizou um grande contingente de trabalhadores originados do nordeste do Brasil. Segundo a professora Nazira Camely, um sistema de endividamento impedia que esses trabalhadores obtivessem terra, que estavam disponíveis na região. Tratava-se de ter uma força de trabalho exclusiva para a produção de borracha, aprisionada ao sistema extrativista onde os donos de terras – os seringalistas – controlavam os preços da borracha e dos insumos que eram vendidos aos seringueiros. As relações de trabalho eram mantidas pela violência de jagunços, verdadeiro Estado num território em disputa com países vizinhos como Peru e Bolívia.
Tais relações foram modificadas com a crise da produção de borracha no Brasil, porém em várias regiões ainda se mantêm essas mesmas relações. A maioria desses seringueiros, durante quase um século, nunca se tornou proprietário fundiário, o que com a ajuda do oportunismo permitiu convertê-los, ao final dos anos 80, em defesa dos interesses do imperialismo; passaram a vigiar extensas áreas de terras para uma finalidade que até agora não se sabe bem qual seja, a não ser a defesa da natureza e os interesses de toda a humanidade, tal como pregam os ecologistas das ONGs e o próprio Estado.
1 Comments:
é muito sem graca nao tenha nenhum contato para que possamos falar.gostaria de saber se é so10,00 para passar o final de semana.quero passar 3 dias.
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