AMAZÔNIA JÁ!
Participei na quarta-feira, 16, da 60ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Campinas, São Paulo, cujo tema debatido pela Comissão da Amazônia da Câmara Federal foi biodiversidade e conservação da Amazônia. Durante o encontro, deputados e cientistas assumiram o compromisso de somar esforços para dobrar, no prazo de três anos, o número de doutores na região, passando dos atuais 3.500 para 7.000.
Para o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, a ciência precisa ser transformada no motor do desenvolvimento da Amazônia. Somente com a ampliação dos pesquisadores e, conseqüentemente, do número de estudos relacionados à biodiversidade da Amazônia, destacou o cientista, é que será possível gerar riquezas na região, sem que haja a necessidade de degradar o ambiente.
A presidente da Comissão da Amazônia, deputada Janete Capiberibe (PSB/AP), foi bastante crítica ao afirmar que o Brasil desconhece os recursos amazônicos. Esse desconhecimento, segundo ela, é terrível, pois abre espaço para a biopirataria, fragiliza a soberania nacional e impede o desenvolvimento de produtos que poderiam estar gerando emprego e renda para os moradores locais e divisas ao país.
De acordo com os números apresentados pela deputada, apenas 30% das pesquisas científicas sobre a Amazônia são feitas por instituições brasileiras. Destas, somente 9% são desenvolvidas por organismos amazônicos. Ela clama para que esse quadro seja mudado com urgência, advertindo que os problemas atuais são os mesmos de 20 anos atrás. No entender da parlamentar, unicamente com a mudança dos atuais parâmetros de investimento em Ciência e Tecnologia (C&T) é que a região conseguirá superar seus graves problemas sociais e ambientais.
Conforme Adalberto Luís Val, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a região responde por cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Entretanto, apenas 2% dos recursos aplicados em C&T são destinados a ela. “É preciso corrigir essa assimetria”, defende.
Também membro da Comissão da Amazônia, o deputado Neudo Campos (PP/RR) deu um exemplo de como a ciência pode vir a contribuir para o desenvolvimento sustentado da área. Segundo ele, que já foi governador do Estado, metade do território de Roraima pertence a nações indígenas. No entanto, sustenta o parlamentar, as riquezas minerais existentes nas áreas demarcadas não podem ser exploradas, entre outras razões, porque não há soluções tecnológicas que permitam a extração sem agressão ao ambiente.
Outro membro da Comissão da Amazônia, Marcelo Castro (PMDB/PI), reforça a importância da aplicação do conhecimento para a preservação e desenvolvimento da região. Segundo ele, uma parte significativa dos 20 milhões de habitantes dos nove estados amazônicos vive em situação de pobreza. Para ele o desafio é de criar modelos que possibilitem que a floresta em pé renda mais riquezas do que ela deitada.
Ao final dos debates cientistas e parlamentares, por unanimidade, decidiram soltar o grito em defesa da maior floresta do planeta: AMAZÔNIA JÁ!
Para o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, a ciência precisa ser transformada no motor do desenvolvimento da Amazônia. Somente com a ampliação dos pesquisadores e, conseqüentemente, do número de estudos relacionados à biodiversidade da Amazônia, destacou o cientista, é que será possível gerar riquezas na região, sem que haja a necessidade de degradar o ambiente.
A presidente da Comissão da Amazônia, deputada Janete Capiberibe (PSB/AP), foi bastante crítica ao afirmar que o Brasil desconhece os recursos amazônicos. Esse desconhecimento, segundo ela, é terrível, pois abre espaço para a biopirataria, fragiliza a soberania nacional e impede o desenvolvimento de produtos que poderiam estar gerando emprego e renda para os moradores locais e divisas ao país.
De acordo com os números apresentados pela deputada, apenas 30% das pesquisas científicas sobre a Amazônia são feitas por instituições brasileiras. Destas, somente 9% são desenvolvidas por organismos amazônicos. Ela clama para que esse quadro seja mudado com urgência, advertindo que os problemas atuais são os mesmos de 20 anos atrás. No entender da parlamentar, unicamente com a mudança dos atuais parâmetros de investimento em Ciência e Tecnologia (C&T) é que a região conseguirá superar seus graves problemas sociais e ambientais.
Conforme Adalberto Luís Val, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a região responde por cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Entretanto, apenas 2% dos recursos aplicados em C&T são destinados a ela. “É preciso corrigir essa assimetria”, defende.
Também membro da Comissão da Amazônia, o deputado Neudo Campos (PP/RR) deu um exemplo de como a ciência pode vir a contribuir para o desenvolvimento sustentado da área. Segundo ele, que já foi governador do Estado, metade do território de Roraima pertence a nações indígenas. No entanto, sustenta o parlamentar, as riquezas minerais existentes nas áreas demarcadas não podem ser exploradas, entre outras razões, porque não há soluções tecnológicas que permitam a extração sem agressão ao ambiente.
Outro membro da Comissão da Amazônia, Marcelo Castro (PMDB/PI), reforça a importância da aplicação do conhecimento para a preservação e desenvolvimento da região. Segundo ele, uma parte significativa dos 20 milhões de habitantes dos nove estados amazônicos vive em situação de pobreza. Para ele o desafio é de criar modelos que possibilitem que a floresta em pé renda mais riquezas do que ela deitada.
Ao final dos debates cientistas e parlamentares, por unanimidade, decidiram soltar o grito em defesa da maior floresta do planeta: AMAZÔNIA JÁ!
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