A ARTE DE CONDENAR SEM PROVAS
É impressionante como em alguns estados brasileiros a imprensa se transformou num grande balcão de negócios. Vive financeiramente de verbas governamentais e, por isso, vira as costas para a sociedade, fecha os olhos para a verdade e o leitor que se exploda. A responsabilidade com a notícia virou ficção. Isso não importa.
Publicar na íntegra releases de grupos políticos não permitindo o direito de resposta, ou melhor, não procurar o sagrado direito de defesa do acusado, não é exercer o jornalismo. Pratica, no mínimo, negócios duvidosos. Levar à sociedade a realidade dos fatos, dever do jornalismo sério, é coisa de segundo plano. Para essa imprensa de uma só verdade, o que interessa não é a responsabilidade com a notícia, nem com o leitor. O que está em jogo é o vil metal, o dinheiro. O resto é o resto.
No estado do Acre, a atuação da imprensa chega a ser vergonhosa. Dos quatro jornais diários a linha editorial é uma só: defender com unhas e dentes o patrão, ou seja, o governo estadual que lhes paga mensalmente vultosas quantias. As manchetes saem da assessoria de comunicação social do governo, as matérias publicadas são as mesmas, até com os mesmos erros de português. Para algum político que não faz parte do grupo governamental aparecer na capa de jornal, só ser for como ladrão ou com morto. A ordem do poder até parece a música do Zé Geraldo: "Pega esse idiota e enterra". O sistema de controle sobre o que deve ser divulgado se alia ao de Fidel Castro e Hugo Chávez. Êta mundo desigual.
Imprensa & negócios
Chega a ser uma aberração a forma como os órgãos de comunicação do Acre defendem o patrão. Para destruir alguém basta repetir uma mentira mil vezes, já que repetida mil vezes torna-se verdade. Isso se faz nas emissoras de rádio, televisão, jornais impressos e nas dezenas de blogs. Às vezes chegam a construir até outdoor para soterrar os desafetos políticos. Na verdade, se a imprensa publicar uma calúnia apenas uma vez, a vida inteira da pessoa será pouca para o trabalho de destruição da mentira.
A imprensa acreana não entende, ou finge não entender, que todos são inocentes até prova em contrário. A questão: a prova. Mas não é isso que acontece no Acre. A imprensa condena sem provas e ponto final. Não adianta estrebuchar. Quanto mais se mexe mais a corda aperta no pescoço do condenado sem provas. A coisa funciona mais ou menos assim: o poder acusa e a imprensa puxa a corda no cadafalso.
No Acre, quem ousa discordar do governo será condenado sem provas, principalmente por aquela força que deveria defender a democracia, sem a qual ela não existiria: a imprensa. Infelizmente, essa mistura de imprensa e negócios continua sentenciando muitos para o resto da vida.
Manual de conduta
São Bernardo, que precisava de metáforas concretas para ser entendido por todos, disse que caluniar equivalia a subir ao alto de uma torre e de lá despejar um saco de penas em dia de vento. Ao caluniado restaria a tarefa de juntar todas as penas.
Aos colegas jornalistas um lembrete da nossa conduta profissional: combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza. Além de não poder impedir a manifestação de opiniões divergentes ou o livre debate de idéias.
Publicar na íntegra releases de grupos políticos não permitindo o direito de resposta, ou melhor, não procurar o sagrado direito de defesa do acusado, não é exercer o jornalismo. Pratica, no mínimo, negócios duvidosos. Levar à sociedade a realidade dos fatos, dever do jornalismo sério, é coisa de segundo plano. Para essa imprensa de uma só verdade, o que interessa não é a responsabilidade com a notícia, nem com o leitor. O que está em jogo é o vil metal, o dinheiro. O resto é o resto.
No estado do Acre, a atuação da imprensa chega a ser vergonhosa. Dos quatro jornais diários a linha editorial é uma só: defender com unhas e dentes o patrão, ou seja, o governo estadual que lhes paga mensalmente vultosas quantias. As manchetes saem da assessoria de comunicação social do governo, as matérias publicadas são as mesmas, até com os mesmos erros de português. Para algum político que não faz parte do grupo governamental aparecer na capa de jornal, só ser for como ladrão ou com morto. A ordem do poder até parece a música do Zé Geraldo: "Pega esse idiota e enterra". O sistema de controle sobre o que deve ser divulgado se alia ao de Fidel Castro e Hugo Chávez. Êta mundo desigual.
Imprensa & negócios
Chega a ser uma aberração a forma como os órgãos de comunicação do Acre defendem o patrão. Para destruir alguém basta repetir uma mentira mil vezes, já que repetida mil vezes torna-se verdade. Isso se faz nas emissoras de rádio, televisão, jornais impressos e nas dezenas de blogs. Às vezes chegam a construir até outdoor para soterrar os desafetos políticos. Na verdade, se a imprensa publicar uma calúnia apenas uma vez, a vida inteira da pessoa será pouca para o trabalho de destruição da mentira.
A imprensa acreana não entende, ou finge não entender, que todos são inocentes até prova em contrário. A questão: a prova. Mas não é isso que acontece no Acre. A imprensa condena sem provas e ponto final. Não adianta estrebuchar. Quanto mais se mexe mais a corda aperta no pescoço do condenado sem provas. A coisa funciona mais ou menos assim: o poder acusa e a imprensa puxa a corda no cadafalso.
No Acre, quem ousa discordar do governo será condenado sem provas, principalmente por aquela força que deveria defender a democracia, sem a qual ela não existiria: a imprensa. Infelizmente, essa mistura de imprensa e negócios continua sentenciando muitos para o resto da vida.
Manual de conduta
São Bernardo, que precisava de metáforas concretas para ser entendido por todos, disse que caluniar equivalia a subir ao alto de uma torre e de lá despejar um saco de penas em dia de vento. Ao caluniado restaria a tarefa de juntar todas as penas.
Aos colegas jornalistas um lembrete da nossa conduta profissional: combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza. Além de não poder impedir a manifestação de opiniões divergentes ou o livre debate de idéias.
Marcadores: censura, Jornalismo
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