USURA DISFARÇADA DE ECOLOGIA
Em meados de 1991, a Câmara de Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as ameaças de internacionalização da Amazônia e, em agosto, o jornalista Lorenzo Carrasco foi convidado a prestar depoimento perante a CPI. Na ocasião foi revelada publicamente, talvez pela primeira vez, a silenciosa estratégia do Establishment anglo-americano para literalmente ocupar a região com um exército de Organizações Não Governamentais (ONGs).
O depoimento causou enormes repercussões e um dos primeiros a atacá-lo, de forma histérica, foi o então deputado Fábio Feldmann. Como decorrência, a revista EIR publicou em sua edição de 22 de novembro de 1991 o artigo em epígrafe, de autoria do jornalista Lorenzo Carrasco.
Em agosto passado [1991,ed.], após este autor ter apresentado evidências detalhadas ao Congresso Nacional sobre o plano anglo-americano para tentar apossar-se dos recursos naturais da Amazônia - pela força se necessário - sob o pretexto de “proteger” o meio ambiente, uma das primeiras pessoas a atacar publica e histericamente o testemunho foi o deputado verde Fábio Feldmann. Isto não surpreende devido ao ativo envolvimento de Feldmann em defesa de teses como a da “troca de dívida por natureza” (debt-for-nature swap) e outros esquemas ambientalistas que são fortemente financiados por interesses norte-americanos e outros internacionais.
Mas Feldmann não é somente o ativista local desses interesses. Ele está intimamente vinculado aos principais grupos ambientalistas anglo-americanos, como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Amnesty Internatinal, Conservation International, World Resources Institute, Smithsonian Institution e Friends of the Earth, cujas diretorias são todas interligadas. Contudo, os interesses que Feldmann representa estão presentes em outros países Ibero-americanos ou em desenvolvimento para usar o fraudulento esquema de “dívida por natureza” como veículo para controlar enormes áreas de território e recursos naturais, para limitar a soberania nacional e exigir a destruição de instituições, como as Forças Armadas, que poderiam opor-se a tais políticas. Governo algum deve enganar-se com a conversa de “reduzir a dívida” ou da “proteção ambiental”. Como documentamos a seguir, estas organizações têm apenas um objetivo em mente: manter a usura para promover o sistema bancário anglo-americano e destruir qualquer resistência nacionalista que se coloque no caminho.
Nas palavras do próprio Feldmann, seu primeiro contato com o movimento ecologista ocorreu em 1975, em torno das discussões das teorias do Clube de Roma. A partir deste momento, disse ele, tornou-se um ardoroso ambientalista malthusiano, fundando várias organizações como a OIKOS e a Fundação Mata Atlântica. Por meio das quais iria receber substanciais contribuições financeiras, particularmente de organizações norte-americanas, que, por sua vez, repassam fundos de outras instituições financeiras e fundações do Establishment anglo-americano. Sua crença ambientalista - inspirada e renovada graças a financiamentos abundantes e contínuos - permitiram a Feldmann “dar uma mão” em virtualmente todas as campanhas ambientalistas no Brasil, especialmente aquelas visando os programas de desenvolvimento da energia nuclear no País.
Banqueiros controlam os grupos ambientalistas
De especial interesse são as relações de Feldmann com duas instituições gêmeas: a Conservation International - cujos esforços são dedicados a promover a “troca de dívida por natureza”- e o World Resources Institute . O WRI não apenas promove a troca de dívida por natureza, como é também uma organização chave por trás dos esforços para montar um sistema mundial para a monitorado dos recursos naturais escolhidos como alvos pelos ambientalistas. Feldmann é membro da diretoria da CI, bem como outros ambientalistas notórios como Maria Tereza Pádua (Fundação Funatura), Roberto Klabin (Fundação SOS Mata Atlântica) - ambas instituições recebem generosos fundos do exterior - e Paulo Nogueira-Neto.
A diretoria da CI inclui também, naturalmente, importantes figuras dos bancos credores internacionais que possuem grandes parcelas das dívidas de países em desenvolvimento. Este é o caso, por exemplo, de Francis X. Stankard, vice-presidente executivo do Chase Manhattan Bank, de Nova York, e de William D. Rogers, executivo do escritório de advocacia Arnold and Porter - o mesmo escritório que foi contratado pelo governo brasileiro anterior para assessorá-lo nas negociações da dívida externa com seus credores internacionais.
O senador Fernando Henrique Cardoso, Feldmann, Nogueira Neto e Maria Pádua juntaram-se aos mais recentes esforços da WRI, endossando seu Compact for a New World (Pacto por um Novo Mundo), que vincula a preservação ambiental às demandas para o desmantelamento das Forças Armadas dos países ibero-americanos. O ex-Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert McNamara, cuja última recomendação política inclui o condicionamento de empréstimos a países do Terceiro Mundo a cortes nos respectivos orçamentos militares, é também membro da diretoria do WRI, como também José Goldemberg, ministro da Educação do Brasil e outro entusiasta advogado do esquema de “troca de dívida por natureza”.
Entre os financiadores da CI e do WRI encontram-se um grande número de empresas, bancos e fundações de primeira linha dos Estados Unidos. Particularmente notável é a John D. and Catherine T. MacArthur Foundation, de Chicago, que, entre 1987-88 deu quase US$ 3 milhões à CI e US$ 25 milhões ao WRI, de acordo com o Foundation Grants Index of 1990-91, que informa sobre as contribuições das maiores fundações norte-americanas. A MacArthur Foundation, que tornou-se líder no financiamento de causas ambientalistas, financiou recentemente o estudo The Military and Democracy: The Future of Civil Military Relations in Latin America., cuja tese principal é que o término da Guerra Fria pavimentou o caminho para o desmantelamento das Forças Armadas.
Os bancos usariam território como garantia colateral
Os interesses “ecológicos” dos bancos baseiam-se no fato de que, se as trocas de dívida por natureza forem implementadas em grande escala, permitiria a troca de dívidas desvalorizadas e impagáveis - “moeda-podre”, como são conhecidos no Brasil - por colaterais “preservados” representados por territórios ricos em recursos naturais. Apesar de que os interesses da oligarquia financeira não teriam - ao menos inicialmente - acesso direto a tais recursos, a terra “preservada” poderia na prática servir como garantia para os acionistas e investidores dos bancos.
Por isso o presidente do WRI, Gus Speth, defende a criação de um Banco Mundial de Conservação (World Conservation Bank, WCB) como uma espécie de agência central de compensação para todas as futuras transações de troca de dívida por natureza.
Este esquema dos bancos, usando causas conservacionistas para sustentar a cotação de seus títulos podres, foi exposto durante as deliberações do Quarto Congresso Mundial de Regiões Agrestes, realizado entre 13 e 18 de setembro de 1987 em Denver, Colorado (EUA). No evento, cerca de dois mil ecologistas de todos os matizes roçaram-se com a elite do Establishment anglo-americano. Entre os participantes estavam o então Secretário do Tesouro norte-americano, James Backer III, banqueiros como David Rockefeller e o barão Edmund Rothschild, e Gro-Harlem Brundtland, primeira-ministra da Noruega e presidente da Comissão Internacional sobre Meio Ambiente, cujo estudo Nosso Futuro Comum (Our Common Future) está servindo de base para a conferência Eco-92, a ser realizada no Brasil no ano que vem. Entre os delegados brasileiros ao evento, incluía-se o ambientalista José Pedro de Oliveira, defensor dos esquemas dos banqueiros propostos na ocasião.
Rockefeller e Rothschild dão as cartas
Em uma entrevista publicada na edição de dezembro de 1987 da revista financeira Moneychenger, o anfitrião do Quarto Congresso Mundial de Regiões Agrestes, o empresário George W. Hunt, revelou alguns dos acontecimentos que estavam ocorrendo nos bastidores do evento: “O banqueiro londrino barão de Rothschild estava conduzindo pessoalmente os assuntos monetários e a criação do Banco Mundial de Conservação, em companhia de I. Michael Sweatmann, do Royal Bank of Canadá. Os dois eram como irmãos siameses, e é por isso que digo que estavam coordenando o lado monetário desta conferência...David Rockefeller estava lá também e fez uma palestra no domingo”. Hunt continua: “No domingo à tarde, almocei com Sweatmann e o Sr. E Sra. Rothschild, e pude perguntar como este Banco Mundial de Conservação iria operar...Eles estão planejando um refinanciamento, trocando dívida (por ativos) de 1 trilhão de dólares dos países do Terceiro Mundo para colocar neste novo Banco”.
Para alcançar isto, torna-se igualmente necessário estabelecer um sistema mundial de monitoramento dos recursos naturais “conserváveis”. Hunt revela que os governos “deveriam oferecer títulos agrários para um Depositário Mundial de Terras Agrestes......”. De fato, a criação de um inventário de recursos naturais “conserváveis” é uma das funções expressas do WRI, em cuja diretoria o banqueiro canadense Sweatmann tem assento.
O Financial Times de 17 de setembro de 1987 também informa sobre a cúpula ambientalista de Denver: “Um dos principais objetivos do Congresso é a criação de um programa e de um Banco Mundial de Conservação, apresentado por Michael Sweatmann, membro do comitê executivo do evento. O programa do banco internacional deveria estabelecer grande projetos de conservação em países em desenvolvimento onde o meio ambiente esteja ameaçado. O programa do Sr. Sweatmann pretende ajudar os países em desenvolvimento a obter financiamento para estabelecer estratégias nacionais de conservação e facilitar trocas maciças de dívidas do Terceiro Mundo para projetos de conservação nestes países”.
É claro, a implementação deste esquema neocolonial para salvar os bancos da ruína, repassando-lhes o controle sobre recursos naturais em extensas regiões do planeta, requer um sistema de soberanias limitadas. Assim, urge o desmantelamento de instituições militares nos países do Terceiro Mundo alvos da “conservação”, como proposto no Pacto por um Novo Mundo, do WRI, onde vincula meio ambiente ao desmantelamento das instituições militares Ibero-americanas, campanha lançada em 1987 pelo Diálogo Interamericano e coincidente com o Quarto Congresso Mundial de Regiões Agrestes.
O Congresso dos Estados Unidos entra na dança
Um mês após o término do encontro de Denver, o senador norte-americano John Chaffee, membro da Comissão de Finanças do Senado, introduziu a lei S. 1781 (correspondente à lei H.R. 3466 na Câmara de Deputados), que concede deduções fiscais aos bancos que “doassem” dívidas de Países do Terceiro Mudo para um grupo conservacionista. Em sua apresentação perante o Senado, Chaffee argumentou que “a Conservation International concordou em resgatar US$ 650 mil da dívida externa da Bolívia junto aos bancos com um desconto de cem mil dólares. Em troca da amortização da dívida, a Bolívia concordou em preservar 3,7 milhões de acres de florestas e mantê-los como reserva ambiental”. Chaffee mencionou também o arreglo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) para comprar US$ 270 mil da dívida externa da Costa Rica com o compromisso do governo deste país em adquirir 40 mil acres de terra para um parque nacional. O senador disse que “estas trocas de dívida por natureza tiveram o apoio do secretário do Tesouro James Backer em uma carta endereçada em 25 de junho de 1987 a Thomas Lovejoy, vice-presidente executivo da WWF. Backer disse que tais arranjos poderiam encorajar as trocas de dívida por natureza, esquema que o governo (norte-americano) estava estimulando como forma de aliviar a carga da dívida do Terceiro Mundo. Ele estimou que o custo para os cofres públicos seria insignificante”.
A CI adquiriu dívida externa boliviana, em uma operação intermediada pelo banco Citicorp Investment, com fundos doados pela Frank Weeden Foundation, pelo Pew Charitable Trust e, especialmente, pela MacArthur Foundation. Além dos projetos na Bolívia e na Costa Rica, membros da CI revelaram publicamente que estão estudando outras transações de troca de dívida por natureza envolvendo 100 milhões de dólares para a região do Pantanal brasileiro, próximo à fronteira com a Bolívia.
De acordo com a CI, o programa de conversão de dívida é gerenciado por Deborah Burand, uma advogada da firma Sherman and Sterling, especialistas em transações financeiras internacionais. A Sherman and Sterling é responsável pelas negociações de umas vinte transações de troca de dívida por natureza no México e no Chile. Burand participou também nos programas de reestruturação da dívida externa do Brasil e da Argentina.
Feldmann e a Conservation International
No início de 1988, os primeiros emissários dos esquemas de dívida por natureza começaram a chegar ao Brasil. Em 13 de janeiro, chegou uma missão do Congresso dos EUA encabeçada pelo senador Timothy Wirth. “A proposta do senador Wirth coincide com uma apresentada aos congressistas pela presidente da Funatura, Maria Tereza Pádua...`Os bancos credores do país poderiam formar um pool e comprar 30% da Amazônia...por meio da conversão da dívida’, propôs Maria Tereza Pádua”, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Em 4 de março, O Estado de S. Paulo reportou a visita Thomas Lovejoy, diretor do Instituto Smithsoniano e um dos autores da idéia de conversão de dívida por natureza. Lovejoy explicou que estava em busca de “uma fundação brasileira que pudesse, segundo ele, repassar o dinheiro a organizações não-governamentais conservacionistas”. Em 13 de abril, o Jornal do Brasil afirmou que “organizações ecológicas americanas, como a Conservation International e a The Nature Conservancy, estão procurando interlocutores no Brasil... para negociar um acordo de troca de dívida externa brasileira por patrimônio ambiental brasileiro”.
O temor de uma reação nacionalista
As organizações ambientalistas dos EUA não demoraram muito em achar o deputado Feldmann, com seu nariz sempre alerta para o cheiro de recursos externos. Em março de 1989, Feldmann participou de uma entrevista coletiva organizada pelo WWF em Washington, na qual apresentou a idéia de formação de um “bloco verde” internacional de parlamentares para a “defesa do meio ambiente”. Durante esta viagem, segundo o Jornal do Brasil de 17 de março, o deputado pediu que os congressistas americanos moderassem as suas táticas de pressão contra o Brasil, iniciadas em resposta ao assassinato do ativista ecológico Chico Mendes. Feldmann estava ciente de que tais pressões estavam começando a provocar uma reação nacionalista.
Durante a entrevista, o vice-presidente de programas internacionais do WWF, Russel Mittermeier - igualmente presidente da CI - “também pediu que os jornalistas baixassem o tom de suas críticas ao Brasil e ao governo brasileiro sobre a questão ecológica...`Se as críticas continuarem no mesmo tom, o governo brasileiro será colocado contra a parede e o nacionalismo irá piorar’...Para Mittermeier, o aumento do nacionalismo tende a dificultar a preservação da Amazônia e os contatos com grupos ambientalistas”.
Em 31 de março, Feldmann tornou a apresentar a uma delegação visitante de senadores estadunidenses “a idéia de uma frente verde internacional e de uma polícia planetária para o meio ambiente”. A delegação era constituída pelos senadores John Chaffee, Steve Symms, Arlen Specter e Dale Bumpers. Sua visita tinha o propósito explícito de convencer o governo brasileiro das “vantagens” de trocar a dívida por natureza.
Em 7 de abril de 1990, a Gazeta Mercantil afirmou que “as instituições não-governamentais americanas MacArthur Foundation e Conservation International...estão presentes no Brasil, financiando os projetos de conservação da SOS Mata Atlântica em São Paulo”. E, em 15 de junho, a Gazeta publicou um artigo intitulado “US$ 80 milhões para conservar as florestas”. Diz o texto: “Uma grande parte destes fundos será destinado à preservação da selva amazônica, diz Peter Seligman, presidente do conselho diretor da Conservation International. Nós vamos buscar os recursos, motivando indivíduos e instituições a bancar o projeto. No Brasil, a coordenação do esforço ficará nas mãos do deputado federal Fábio Feldmann e do secretário do meio ambiente Paulo Nogueira Neto, além dos representantes da Conservation International em Belo Horizonte e da cooperação do empresário Roberto Klabin”.
Finalmente, em 8 de agosto de 1990, o Jornal do Brasil afirmou que “os grupos ambientais estão se reunindo num consórcio...em busca de recursos externos para fazer os seus projetos decolarem...`Já temos a garantia de uma doação do American Express Bank’, disse o presidente da Fundação Funatura, que retornou dos Estados Unidos na semana passada”. Segundo o jornal, “o consórcio ambientalista brasileiro é constituído pelo Instituto de Estudos Amazônicos, SOS Mata Atlântica, Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, Instituto Pró-Natura, Oikos, Biodiversitas e outros”.
Feldmann julga o Brasil
Durante o mesmo período de 1990, Feldmann foi o único brasileiro especialmente convidado a participar do lançamento do programa de ação da Conservation International, ocasião em que expressou apoio ao trabalho da instituição. Quando um jornalista fez uma pergunta sobre os indígenas ianomâmis, Feldmann respondeu que considerava o governo brasileiro culpado por um verdadeiro genocídio, chegando a afirmar que o Brasil deveria ser levado a um tribunal internacional para responder pelo que, supostamente, fizera aos indígenas de Roraima.
Efetivamente, em outubro do mesmo ano, Feldmann atuou como “promotor” contra o Brasil no Tribunal Permanente dos Povos, instituição presidida pelo belga Francis Rigaux, por supostos crimes de genocídio contra povos indígenas. Ao seu lado na acusação estava Danielle Mitterrand, mulher do presidente francês e uma das mais ativas promotoras do apelo francês pela criação de um enclave curdo no norte do Iraque, durante a Guerra do Golfo, alegando “razões humanitárias” para justificar a limitação da soberania do Iraque.
A Gazeta Mercantil de 23 de maio reproduziu um artigo do jornal londrino Financial Times, o qual é exemplar sobre as implicações de tais esquemas para a soberania nacional. Intitulado “Indígenas propõem conversão de dívida para assumir o controle de suas terras”, o artigo relata um encontro de três dias realizado em Iquitos, Peru, “denominado Corpo Coordenador dos Povos Indígenas da Bacia Amazônica (Coaica), que inclui representantes de 220 nações indígenas dos cinco países amazônicos. A conferência incluiu a participação de grupos ecológicos como a Greenpeace, World Wide Fund for Nature (WWF), National Wildlife Federation, Conservation International e Friends of the Earth”.
Tais serviços às elites financeiras internacionais não são gratuitos. A luta do deputado Feldmann pelas causas ambientalistas anglo-americanas lhe valeram uma promoção na hierarquia ambientalista mundial, como indica o fato de o consorte real britânico e chefe do WWF, príncipe Philip, ter convidado Feldmann, juntamente com José Pedro de Oliveira Costa - o mesmo que participou da cúpula de 1987 em Denver, Colorado, que levantou a proposta de um Banco Mundial de Conservação - para uma visita a Kew Gardens, Londres. A visita teve o propósito de estudar maneiras de expansão das atividades do WWF no Brasil, segundo afirmou o Correio Braziliense em 18 de junho.
Fonte: Alerta em Rede, Julho de 2004
O depoimento causou enormes repercussões e um dos primeiros a atacá-lo, de forma histérica, foi o então deputado Fábio Feldmann. Como decorrência, a revista EIR publicou em sua edição de 22 de novembro de 1991 o artigo em epígrafe, de autoria do jornalista Lorenzo Carrasco.
Em agosto passado [1991,ed.], após este autor ter apresentado evidências detalhadas ao Congresso Nacional sobre o plano anglo-americano para tentar apossar-se dos recursos naturais da Amazônia - pela força se necessário - sob o pretexto de “proteger” o meio ambiente, uma das primeiras pessoas a atacar publica e histericamente o testemunho foi o deputado verde Fábio Feldmann. Isto não surpreende devido ao ativo envolvimento de Feldmann em defesa de teses como a da “troca de dívida por natureza” (debt-for-nature swap) e outros esquemas ambientalistas que são fortemente financiados por interesses norte-americanos e outros internacionais.
Mas Feldmann não é somente o ativista local desses interesses. Ele está intimamente vinculado aos principais grupos ambientalistas anglo-americanos, como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Amnesty Internatinal, Conservation International, World Resources Institute, Smithsonian Institution e Friends of the Earth, cujas diretorias são todas interligadas. Contudo, os interesses que Feldmann representa estão presentes em outros países Ibero-americanos ou em desenvolvimento para usar o fraudulento esquema de “dívida por natureza” como veículo para controlar enormes áreas de território e recursos naturais, para limitar a soberania nacional e exigir a destruição de instituições, como as Forças Armadas, que poderiam opor-se a tais políticas. Governo algum deve enganar-se com a conversa de “reduzir a dívida” ou da “proteção ambiental”. Como documentamos a seguir, estas organizações têm apenas um objetivo em mente: manter a usura para promover o sistema bancário anglo-americano e destruir qualquer resistência nacionalista que se coloque no caminho.
Nas palavras do próprio Feldmann, seu primeiro contato com o movimento ecologista ocorreu em 1975, em torno das discussões das teorias do Clube de Roma. A partir deste momento, disse ele, tornou-se um ardoroso ambientalista malthusiano, fundando várias organizações como a OIKOS e a Fundação Mata Atlântica. Por meio das quais iria receber substanciais contribuições financeiras, particularmente de organizações norte-americanas, que, por sua vez, repassam fundos de outras instituições financeiras e fundações do Establishment anglo-americano. Sua crença ambientalista - inspirada e renovada graças a financiamentos abundantes e contínuos - permitiram a Feldmann “dar uma mão” em virtualmente todas as campanhas ambientalistas no Brasil, especialmente aquelas visando os programas de desenvolvimento da energia nuclear no País.
Banqueiros controlam os grupos ambientalistas
De especial interesse são as relações de Feldmann com duas instituições gêmeas: a Conservation International - cujos esforços são dedicados a promover a “troca de dívida por natureza”- e o World Resources Institute . O WRI não apenas promove a troca de dívida por natureza, como é também uma organização chave por trás dos esforços para montar um sistema mundial para a monitorado dos recursos naturais escolhidos como alvos pelos ambientalistas. Feldmann é membro da diretoria da CI, bem como outros ambientalistas notórios como Maria Tereza Pádua (Fundação Funatura), Roberto Klabin (Fundação SOS Mata Atlântica) - ambas instituições recebem generosos fundos do exterior - e Paulo Nogueira-Neto.
A diretoria da CI inclui também, naturalmente, importantes figuras dos bancos credores internacionais que possuem grandes parcelas das dívidas de países em desenvolvimento. Este é o caso, por exemplo, de Francis X. Stankard, vice-presidente executivo do Chase Manhattan Bank, de Nova York, e de William D. Rogers, executivo do escritório de advocacia Arnold and Porter - o mesmo escritório que foi contratado pelo governo brasileiro anterior para assessorá-lo nas negociações da dívida externa com seus credores internacionais.
O senador Fernando Henrique Cardoso, Feldmann, Nogueira Neto e Maria Pádua juntaram-se aos mais recentes esforços da WRI, endossando seu Compact for a New World (Pacto por um Novo Mundo), que vincula a preservação ambiental às demandas para o desmantelamento das Forças Armadas dos países ibero-americanos. O ex-Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert McNamara, cuja última recomendação política inclui o condicionamento de empréstimos a países do Terceiro Mundo a cortes nos respectivos orçamentos militares, é também membro da diretoria do WRI, como também José Goldemberg, ministro da Educação do Brasil e outro entusiasta advogado do esquema de “troca de dívida por natureza”.
Entre os financiadores da CI e do WRI encontram-se um grande número de empresas, bancos e fundações de primeira linha dos Estados Unidos. Particularmente notável é a John D. and Catherine T. MacArthur Foundation, de Chicago, que, entre 1987-88 deu quase US$ 3 milhões à CI e US$ 25 milhões ao WRI, de acordo com o Foundation Grants Index of 1990-91, que informa sobre as contribuições das maiores fundações norte-americanas. A MacArthur Foundation, que tornou-se líder no financiamento de causas ambientalistas, financiou recentemente o estudo The Military and Democracy: The Future of Civil Military Relations in Latin America., cuja tese principal é que o término da Guerra Fria pavimentou o caminho para o desmantelamento das Forças Armadas.
Os bancos usariam território como garantia colateral
Os interesses “ecológicos” dos bancos baseiam-se no fato de que, se as trocas de dívida por natureza forem implementadas em grande escala, permitiria a troca de dívidas desvalorizadas e impagáveis - “moeda-podre”, como são conhecidos no Brasil - por colaterais “preservados” representados por territórios ricos em recursos naturais. Apesar de que os interesses da oligarquia financeira não teriam - ao menos inicialmente - acesso direto a tais recursos, a terra “preservada” poderia na prática servir como garantia para os acionistas e investidores dos bancos.
Por isso o presidente do WRI, Gus Speth, defende a criação de um Banco Mundial de Conservação (World Conservation Bank, WCB) como uma espécie de agência central de compensação para todas as futuras transações de troca de dívida por natureza.
Este esquema dos bancos, usando causas conservacionistas para sustentar a cotação de seus títulos podres, foi exposto durante as deliberações do Quarto Congresso Mundial de Regiões Agrestes, realizado entre 13 e 18 de setembro de 1987 em Denver, Colorado (EUA). No evento, cerca de dois mil ecologistas de todos os matizes roçaram-se com a elite do Establishment anglo-americano. Entre os participantes estavam o então Secretário do Tesouro norte-americano, James Backer III, banqueiros como David Rockefeller e o barão Edmund Rothschild, e Gro-Harlem Brundtland, primeira-ministra da Noruega e presidente da Comissão Internacional sobre Meio Ambiente, cujo estudo Nosso Futuro Comum (Our Common Future) está servindo de base para a conferência Eco-92, a ser realizada no Brasil no ano que vem. Entre os delegados brasileiros ao evento, incluía-se o ambientalista José Pedro de Oliveira, defensor dos esquemas dos banqueiros propostos na ocasião.
Rockefeller e Rothschild dão as cartas
Em uma entrevista publicada na edição de dezembro de 1987 da revista financeira Moneychenger, o anfitrião do Quarto Congresso Mundial de Regiões Agrestes, o empresário George W. Hunt, revelou alguns dos acontecimentos que estavam ocorrendo nos bastidores do evento: “O banqueiro londrino barão de Rothschild estava conduzindo pessoalmente os assuntos monetários e a criação do Banco Mundial de Conservação, em companhia de I. Michael Sweatmann, do Royal Bank of Canadá. Os dois eram como irmãos siameses, e é por isso que digo que estavam coordenando o lado monetário desta conferência...David Rockefeller estava lá também e fez uma palestra no domingo”. Hunt continua: “No domingo à tarde, almocei com Sweatmann e o Sr. E Sra. Rothschild, e pude perguntar como este Banco Mundial de Conservação iria operar...Eles estão planejando um refinanciamento, trocando dívida (por ativos) de 1 trilhão de dólares dos países do Terceiro Mundo para colocar neste novo Banco”.
Para alcançar isto, torna-se igualmente necessário estabelecer um sistema mundial de monitoramento dos recursos naturais “conserváveis”. Hunt revela que os governos “deveriam oferecer títulos agrários para um Depositário Mundial de Terras Agrestes......”. De fato, a criação de um inventário de recursos naturais “conserváveis” é uma das funções expressas do WRI, em cuja diretoria o banqueiro canadense Sweatmann tem assento.
O Financial Times de 17 de setembro de 1987 também informa sobre a cúpula ambientalista de Denver: “Um dos principais objetivos do Congresso é a criação de um programa e de um Banco Mundial de Conservação, apresentado por Michael Sweatmann, membro do comitê executivo do evento. O programa do banco internacional deveria estabelecer grande projetos de conservação em países em desenvolvimento onde o meio ambiente esteja ameaçado. O programa do Sr. Sweatmann pretende ajudar os países em desenvolvimento a obter financiamento para estabelecer estratégias nacionais de conservação e facilitar trocas maciças de dívidas do Terceiro Mundo para projetos de conservação nestes países”.
É claro, a implementação deste esquema neocolonial para salvar os bancos da ruína, repassando-lhes o controle sobre recursos naturais em extensas regiões do planeta, requer um sistema de soberanias limitadas. Assim, urge o desmantelamento de instituições militares nos países do Terceiro Mundo alvos da “conservação”, como proposto no Pacto por um Novo Mundo, do WRI, onde vincula meio ambiente ao desmantelamento das instituições militares Ibero-americanas, campanha lançada em 1987 pelo Diálogo Interamericano e coincidente com o Quarto Congresso Mundial de Regiões Agrestes.
O Congresso dos Estados Unidos entra na dança
Um mês após o término do encontro de Denver, o senador norte-americano John Chaffee, membro da Comissão de Finanças do Senado, introduziu a lei S. 1781 (correspondente à lei H.R. 3466 na Câmara de Deputados), que concede deduções fiscais aos bancos que “doassem” dívidas de Países do Terceiro Mudo para um grupo conservacionista. Em sua apresentação perante o Senado, Chaffee argumentou que “a Conservation International concordou em resgatar US$ 650 mil da dívida externa da Bolívia junto aos bancos com um desconto de cem mil dólares. Em troca da amortização da dívida, a Bolívia concordou em preservar 3,7 milhões de acres de florestas e mantê-los como reserva ambiental”. Chaffee mencionou também o arreglo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) para comprar US$ 270 mil da dívida externa da Costa Rica com o compromisso do governo deste país em adquirir 40 mil acres de terra para um parque nacional. O senador disse que “estas trocas de dívida por natureza tiveram o apoio do secretário do Tesouro James Backer em uma carta endereçada em 25 de junho de 1987 a Thomas Lovejoy, vice-presidente executivo da WWF. Backer disse que tais arranjos poderiam encorajar as trocas de dívida por natureza, esquema que o governo (norte-americano) estava estimulando como forma de aliviar a carga da dívida do Terceiro Mundo. Ele estimou que o custo para os cofres públicos seria insignificante”.
A CI adquiriu dívida externa boliviana, em uma operação intermediada pelo banco Citicorp Investment, com fundos doados pela Frank Weeden Foundation, pelo Pew Charitable Trust e, especialmente, pela MacArthur Foundation. Além dos projetos na Bolívia e na Costa Rica, membros da CI revelaram publicamente que estão estudando outras transações de troca de dívida por natureza envolvendo 100 milhões de dólares para a região do Pantanal brasileiro, próximo à fronteira com a Bolívia.
De acordo com a CI, o programa de conversão de dívida é gerenciado por Deborah Burand, uma advogada da firma Sherman and Sterling, especialistas em transações financeiras internacionais. A Sherman and Sterling é responsável pelas negociações de umas vinte transações de troca de dívida por natureza no México e no Chile. Burand participou também nos programas de reestruturação da dívida externa do Brasil e da Argentina.
Feldmann e a Conservation International
No início de 1988, os primeiros emissários dos esquemas de dívida por natureza começaram a chegar ao Brasil. Em 13 de janeiro, chegou uma missão do Congresso dos EUA encabeçada pelo senador Timothy Wirth. “A proposta do senador Wirth coincide com uma apresentada aos congressistas pela presidente da Funatura, Maria Tereza Pádua...`Os bancos credores do país poderiam formar um pool e comprar 30% da Amazônia...por meio da conversão da dívida’, propôs Maria Tereza Pádua”, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Em 4 de março, O Estado de S. Paulo reportou a visita Thomas Lovejoy, diretor do Instituto Smithsoniano e um dos autores da idéia de conversão de dívida por natureza. Lovejoy explicou que estava em busca de “uma fundação brasileira que pudesse, segundo ele, repassar o dinheiro a organizações não-governamentais conservacionistas”. Em 13 de abril, o Jornal do Brasil afirmou que “organizações ecológicas americanas, como a Conservation International e a The Nature Conservancy, estão procurando interlocutores no Brasil... para negociar um acordo de troca de dívida externa brasileira por patrimônio ambiental brasileiro”.
O temor de uma reação nacionalista
As organizações ambientalistas dos EUA não demoraram muito em achar o deputado Feldmann, com seu nariz sempre alerta para o cheiro de recursos externos. Em março de 1989, Feldmann participou de uma entrevista coletiva organizada pelo WWF em Washington, na qual apresentou a idéia de formação de um “bloco verde” internacional de parlamentares para a “defesa do meio ambiente”. Durante esta viagem, segundo o Jornal do Brasil de 17 de março, o deputado pediu que os congressistas americanos moderassem as suas táticas de pressão contra o Brasil, iniciadas em resposta ao assassinato do ativista ecológico Chico Mendes. Feldmann estava ciente de que tais pressões estavam começando a provocar uma reação nacionalista.
Durante a entrevista, o vice-presidente de programas internacionais do WWF, Russel Mittermeier - igualmente presidente da CI - “também pediu que os jornalistas baixassem o tom de suas críticas ao Brasil e ao governo brasileiro sobre a questão ecológica...`Se as críticas continuarem no mesmo tom, o governo brasileiro será colocado contra a parede e o nacionalismo irá piorar’...Para Mittermeier, o aumento do nacionalismo tende a dificultar a preservação da Amazônia e os contatos com grupos ambientalistas”.
Em 31 de março, Feldmann tornou a apresentar a uma delegação visitante de senadores estadunidenses “a idéia de uma frente verde internacional e de uma polícia planetária para o meio ambiente”. A delegação era constituída pelos senadores John Chaffee, Steve Symms, Arlen Specter e Dale Bumpers. Sua visita tinha o propósito explícito de convencer o governo brasileiro das “vantagens” de trocar a dívida por natureza.
Em 7 de abril de 1990, a Gazeta Mercantil afirmou que “as instituições não-governamentais americanas MacArthur Foundation e Conservation International...estão presentes no Brasil, financiando os projetos de conservação da SOS Mata Atlântica em São Paulo”. E, em 15 de junho, a Gazeta publicou um artigo intitulado “US$ 80 milhões para conservar as florestas”. Diz o texto: “Uma grande parte destes fundos será destinado à preservação da selva amazônica, diz Peter Seligman, presidente do conselho diretor da Conservation International. Nós vamos buscar os recursos, motivando indivíduos e instituições a bancar o projeto. No Brasil, a coordenação do esforço ficará nas mãos do deputado federal Fábio Feldmann e do secretário do meio ambiente Paulo Nogueira Neto, além dos representantes da Conservation International em Belo Horizonte e da cooperação do empresário Roberto Klabin”.
Finalmente, em 8 de agosto de 1990, o Jornal do Brasil afirmou que “os grupos ambientais estão se reunindo num consórcio...em busca de recursos externos para fazer os seus projetos decolarem...`Já temos a garantia de uma doação do American Express Bank’, disse o presidente da Fundação Funatura, que retornou dos Estados Unidos na semana passada”. Segundo o jornal, “o consórcio ambientalista brasileiro é constituído pelo Instituto de Estudos Amazônicos, SOS Mata Atlântica, Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, Instituto Pró-Natura, Oikos, Biodiversitas e outros”.
Feldmann julga o Brasil
Durante o mesmo período de 1990, Feldmann foi o único brasileiro especialmente convidado a participar do lançamento do programa de ação da Conservation International, ocasião em que expressou apoio ao trabalho da instituição. Quando um jornalista fez uma pergunta sobre os indígenas ianomâmis, Feldmann respondeu que considerava o governo brasileiro culpado por um verdadeiro genocídio, chegando a afirmar que o Brasil deveria ser levado a um tribunal internacional para responder pelo que, supostamente, fizera aos indígenas de Roraima.
Efetivamente, em outubro do mesmo ano, Feldmann atuou como “promotor” contra o Brasil no Tribunal Permanente dos Povos, instituição presidida pelo belga Francis Rigaux, por supostos crimes de genocídio contra povos indígenas. Ao seu lado na acusação estava Danielle Mitterrand, mulher do presidente francês e uma das mais ativas promotoras do apelo francês pela criação de um enclave curdo no norte do Iraque, durante a Guerra do Golfo, alegando “razões humanitárias” para justificar a limitação da soberania do Iraque.
A Gazeta Mercantil de 23 de maio reproduziu um artigo do jornal londrino Financial Times, o qual é exemplar sobre as implicações de tais esquemas para a soberania nacional. Intitulado “Indígenas propõem conversão de dívida para assumir o controle de suas terras”, o artigo relata um encontro de três dias realizado em Iquitos, Peru, “denominado Corpo Coordenador dos Povos Indígenas da Bacia Amazônica (Coaica), que inclui representantes de 220 nações indígenas dos cinco países amazônicos. A conferência incluiu a participação de grupos ecológicos como a Greenpeace, World Wide Fund for Nature (WWF), National Wildlife Federation, Conservation International e Friends of the Earth”.
Tais serviços às elites financeiras internacionais não são gratuitos. A luta do deputado Feldmann pelas causas ambientalistas anglo-americanas lhe valeram uma promoção na hierarquia ambientalista mundial, como indica o fato de o consorte real britânico e chefe do WWF, príncipe Philip, ter convidado Feldmann, juntamente com José Pedro de Oliveira Costa - o mesmo que participou da cúpula de 1987 em Denver, Colorado, que levantou a proposta de um Banco Mundial de Conservação - para uma visita a Kew Gardens, Londres. A visita teve o propósito de estudar maneiras de expansão das atividades do WWF no Brasil, segundo afirmou o Correio Braziliense em 18 de junho.
Fonte: Alerta em Rede, Julho de 2004
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